O presidente da Síria, Bashar al-Assad, promulgou uma lei que estabelece a pena de morte para os que abastecem com armas os grupos "terroristas", informou nesta terça-feira (20) a agência oficial Sana.
"A lei prevê a pena capital aos que abasteçam com armas ou contribuam para isto, com o objetivo de cometer atos terroristas", destacou a agência.
"A lei sancionada pelo presidente pune ainda com 15 anos de trabalhos forçados todos aqueles que participarem no contrabando de armas e com trabalhos forçados em caráter perpétuo se o contrabando de armas for para fins comerciais ou para cometer atos terroristas", completa a nota da agência.
A nova lei é aprovada um dia após o regime aceitar formalmente,epois de várias semanas de indecisão, a chegada de observadores árabes ao país, em um dos dias mais sangrentos desde o início da repressão, com cerca de 100 mortos.
O regime de Assad enfrenta desde março uma revolta popular sem precedentes no país, reprimida pelo governo de maneira violenta. Segundo a ONU, pelo menos 5.000 pessoas morreram desde o início dos protestos.
Damasco atribui a violência a grupos de "terroristas" que pretendem espalhar o caos no país.