Senado dos EUA aprova anulação de política para militares gays

A Câmara de Representantes já tinha aprovado a nova proposta por 250 votos a favor e 175 contra

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O Senado dos EUA aprovou neste sábado (18) a anulação da norma que proíbe soldados de se declararem homossexuais nas Forças Armadas. Após um duro debate, foi anulada por 65 votos contra 31 a lei "Don"t ask, don"t tell" (Não pergunte, não diga), de 1993, que obriga os efetivos militares americanos a não revelar sua orientação sexual. Oito republicanos se juntaram aos democratas para aprovar a medida.

A Câmara de Representantes já tinha aprovado a nova proposta por 250 votos a favor e 175 contra. A decisão agora vai para o gabinete do presidente Barack Obama, que deve transformá-la em lei. Ele já disse que considera a derrubada da restrição um "avanço histórico".

Militares concordam

Pesquisa de opinião divulgada recentemente mostrou que a grande maioria dos militares americanos apóia a suspensão da lei. Cerca de 70% dos soldados americanos declarou-se favorável ou indiferente à suspensão do tabu que ronda os homossexuais nas Forças Armadas, apontou um levantamento feito entre soldados pelo Pentágono e publicado pelo jornal "Washington Post".

"Mais de 70% dos soldados que responderam à pesquisa (...) consideraram que a abolição da lei "Don"t ask, don"t tell" (Não pergunte, não diga) teria um efeito positivo, díspar ou nenhuma consequência", destacou o jornal, citando pessoas envolvidas com a consulta. A pesquisa foi realizada entre 400.000 soldados e 150.000 casais de militares.

Imigrantes

Antes de aprovarem a mudança na política para militares gays, os senadores bloquearam neste sábado (18), o projeto de lei conhecido como Dream Act, que busca a legalização de estudantes imigrantes no país.

Os patrocinadores do projeto precisavam de 60 votos para proceder à votação, mas só 55 senadores votaram a favor, enquanto 41 se mostraram contra, o que significa que a iniciativa já não será aprovada este ano.

Descartado

Com a derrota, o projeto fica descartado no futuro próximo, faltando poucos dias para que, em janeiro, comece a legislar o novo Congresso, com maior presença dos republicanos contrários à norma.

O Dream Act propõe uma via para a cidadania de jovens imigrantes ilegais que chegaram aos EUA com menos de 16 anos de idade e viveram de forma contínua no país durante pelo menos cinco anos, entre outros requisitos, como cursar dois anos de universidade e inscrever-se nas Forças Armadas.

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