Logo após o anúncio de sua apertada vitória nas urnas, o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, subiu ao palanque montado em frente ao palácio Miraflores, em Caracas, para falar ao povo no início desta segunda-feira (15).
"Cumprimos uma jornada heroica. Esta vitória é uma homenagem ao nosso comandante Hugo Chávez. São 14 anos construindo uma democracia", afirmou.
Maduro fez um apelo para que o adversário Henrique Capriles Radonski reconheça o resultado das urnas.
"Se ganho por um voto, ganhei. Se perco por um voto, entrego. Não tenha dúvida de que entregaria", disse.
Segundo Maduro, Capriles o telefonou e pediu para fazer um acordo no CNE. No entanto, o chavista disse que não concordou com o pedido, pois tinha que respeitar seus eleitores.
Isso significa que o oposicionista ainda não reconheceu o resultado e pode lutar na Justiça pela impugnação da vitória de Maduro.
O presidente eleito afirmou que ganhou por "quase 2% de diferença", e pediu que o CNE faça uma auditoria no resultado.
"Eu solicito agora ao CNE a realização de uma auditoria para que não reste dúvidas dos resultados eleitorais", disse.
Apesar do tom nada conciliador, Maduro pediu paz aos venezuelanos e união a quem votou na oposição.
Durante várias vezes, Maduro citou Chávez como se, por meio de seu padrinho político, estivesse referendando o resultado da eleição.
"Pela primeira vez, o gigante não compete, mas agora seu filho demonstrará do que é capaz de fazer para este país", disse.