Neste sábado (16), o Tribunal Penal do Vaticano proferiu uma sentença de cinco anos e meio de prisão contra o cardeal italiano Angelo Becciu, ex-conselheiro do Papa Francisco, em um veredicto que destaca um dos casos mais significativos de desvios financeiros na Igreja Católica desde os escândalos fiscais que vieram à tona em 2019.
O julgamento centrou-se em uma transação imobiliária em Londres, especificamente a aquisição, em 2015, de um luxuoso edifício de 17 mil metros quadrados. O tribunal indicou que essa operação representou um desvio de fundos para o enriquecimento ilícito do cardeal.
Além disso, Becciu enfrentou acusações de desviar quantias em dinheiro para sua diocese natal na Sardenha, algumas das quais supostamente beneficiaram sua própria família por meio de enriquecimento ilícito. O cardeal, anteriormente cotado como um possível papa, sempre negou veementemente as acusações, afirmando que recorreria da decisão.
Outros nove advogados e ex-funcionários do Vaticano, acusados de diversos crimes, como fraude, lavagem de dinheiro e abuso de poder, também foram julgados. Todos negaram qualquer irregularidade e receberam penas semelhantes à de Becciu.
O caso, visto como um teste para a determinação do Papa Francisco em limpar as finanças do Vaticano, destaca a aplicação de uma pena rigorosa como um exemplo concreto na busca por maior transparência e integridade financeira dentro da Igreja Católica, seguindo os esforços anunciados pelo pontífice desde o início de seu papado.
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