Rússia critica as sanções e acusa os EUA de ressuscitar “Cortina de Ferro” da Guerra Fria

Vice-chanceler criticou sanções americanas em relação à tecnologia

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O governo dos Estados Unidos ressuscita a política da "Cortina de Ferro" aplicada durante a Guerra Fria, afirmou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, ao comentar as novas sanções anunciadas por Washington contra a transferência de determinada tecnologia à Rússia.

"Isto ataca nossas empresas e nossos setores de alta tecnologia", declarou Serguei Riabkov ao jornal digital "Gazeta.ru".

"É a volta do sistema criado em 1949, quando os países ocidentais abaixaram a Cortina de Ferro, cortando o fornecimento de alta tecnologia para a União Soviética e outros países", completou.

"É uma política absolutamente contraproducente, que leva a um beco sem saída a situação na Ucrânia, que já é crítica", disse outro vice-chanceler russo, Grigori Karasin.

A expressão Cortina de Ferro foi utilizada pelos ocidentais durante a Guerra Fria para denunciar a separação entre o leste e o oeste da Europa, instaurada pela União Soviética após o fim da Segunda Guerra Mundial.

A União Europeia (UE) divulgou nesta terça-feira uma nova lista de personalidades submetidas a sanções, que inclui nove dirigentes políticos e militares russos e seis líderes separatistas da Ucrânia.

A UE acusa os citados de "ações que menosprezam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".

A nova lista, que inclui os principais dirigentes russos envolvidos na anexação da Crimeia à Rússia, é adicionada a uma relação anterior de 33 nomes. Agora são 48 dirigentes russos ou ucranianos separatistas sancionados.

Nesta segunda (28), os Estados Unidos congelaram ativos e proibiram a obtenção de vistos para sete cidadãos russos próximos ao presidente Vladimir Putin nesta segunda-feira e também impuseram sanções a 17 empresas ligadas a ele em represália pelas ações de Moscou na Ucrânia.

Entre os sancionados estão Igor Sechin, chefe da empresa de energia estatal Rosneft e o vice-primeiro-ministro, Dmitry Kozak.

Os Estados Unidos vão negar licenças de exportação de todos os itens de alta tecnologia que possam contribuir para a capacidade militar russa e vão revogar as licenças de exportação existentes que atendam a essas condições, informou a Casa Branca.

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