A revista "Charlie Hebdo" superou os 200 mil assinantes contra os 10 mil que tinha antes do atentado no qual morreram 12 pessoas em 7 de janeiro. O anuncio foi feito pelo codiretor financeiro, Eric Portheault, na tarde desta terça-feira (03).
De acordo com ele, as assinaturas somam cerca de 14 milhões de euros, levando em conta que cada contrato vale cerca de 70 euros. "Superamos os 200 mil assinantes", disse Portheault. A revista pode receber cerca de 30 milhões de euros para sanear suas finanças, muito debilitadas antes dos atentados.
Ainda segundo Portheault, o total das doações, que chega a 2,37 milhões de euros, será entregue na íntegra às vítimas. O chamado "número dos sobreviventes", que saiu à venda em 14 de janeiro com um preço de 3 euros, poderia aportar à revista 10 milhões de euros líquidos, se todos os exemplares forem distribuídos.
O jornal receberá na íntegra a renda obtida com a venda do primeiro milhão de exemplares, ou seja, 3 milhões de euros, graças à solidariedade das empresas que imprimem e distribuem a revista, que aceitaram trabalhar de graça. A próxima edição do "Charlie Hebdo" será lançada em 25 fevereiro, anunciou em sua conta no Twitter o jornalista Laurent Léger.
"Enfim! Um pouco de paciência, mas o Charlie Hebdo voltará no dia 25 fevereiro. Temos um encontro marcado em todas as boas bancas de jornal", escreveu.