Corpos de milhares de bebês abortados que foram incinerados como resíduo clínico podem ter sido usados para gerar eletricidade em hospitais no Reino Unido.
Localizada no Estado de Oregon, nos Estados Unidos, a empresa Covanta receberia todo o lixo hospitalar do Reino Unido para incineração.
Segundo o Huffington Post, a denúncia diz que, supostamente, haveria restos de bebês natimortos e abortados entre o lixo queimado pela empresa americana.
A Covanta transforma a incineração em energia elétrica para hospitais britânicos.
De acordo com o jornal britânico Telegraph, o Departamento de Saúde do Reino Unido emitiu na última quarta-feira (23) uma proibição imediata sobre a provável prática considerada como "totalmente inaceitável" para o dr. Dan Poulter, ministro da Saúde.
A Covanta processa 550 toneladas de resíduos por dia e uma parte do total vem dos hospitais. De acordo com um artigo de 2007 sobre a empresa, são cerca de 800 toneladas de lixos hospitalares queimados por ano.
O artigo diz que o lixo é trazido para a Covanta em caixas já seladas e levadas ao forno. Na época, moradores protestaram contra a importação e queima de lixo hospitalar, expressando preocupação com a emissão de gases tóxicos.
Ainda de acordo com o Telegraph, os pais que perderam seus filhos no início da gravidez não foram consultados sobre o que desejavam que acontecesse com os restos mortais dos fetos. O inspetor-chefe dos hospitais no país, Mike Richards disse estar triste por saber que as famílias não são informadas nem consultadas.
? Isso viola o nosso padrão de respeitar e envolver a família nas tomadas de decisão.
Os dados levantados pelo jornal dizem que de sete gestações, uma termina em aborto no país. Há cerca de 11 natimortos por dia.