Tanques sírios intensificaram sua ocupação em Hama e se reuniram nos arredores de uma cidade no leste do país, enquanto o presidente Bashar al-Assad ignorava a crescente condenação mundial à repressão contra manifestantes, que segundo os Estados Unidos já matou 2 mil pessoas.
Em Hama, moradores disseram que os tanques reiniciaram os bombardeios e a população temia um aumento no número de mortos, estimado em 135 desde o início dos ataques militares contra a cidade no domingo.
Hama foi a cidade onde o pai de Assad, o falecido Hafez al-Assad, enviou tanques e matou milhares para reprimir uma revolta em 1982.
"Eles estão atingindo o distrito de al-Hader e bairros próximos à rua Aleppo. A eletricidade foi cortada", disse um morador à Reuters em um breve telefonema via satélite.
A Síria expulsou a maior parte da mídia independente desde o início dos cinco meses de revolta contra os 41 anos do governo repressivo da família Assad, em março, tornando difícil confirmar relatos de testemunhas e comunicados oficiais.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que Washington acreditava que as forças de Assad eram responsáveis pela morte de mais de 2 mil sírios nos ataques contra manifestantes pacíficos.