Com uma desculpa do tipo “meu cachorro comeu minha lição de casa”, a Polícia Ferroviária do Governo de Nagpur, na Índia, afirmou que os 25 quilos de maconha que estavam desaparecidos após serem apreendidos, haviam sido, na verdade, comidos por ratos.
Na última quarta-feira (22), um inspetor sênior culpou os roedores pelo sumiço da droga em um depósito da estação ferroviária de Nagpur, no estado de Maharashtra. “Ratos são uma grande ameaça por aqui, eles mordiscam as embalagens plásticas que envolvem a maconha e as garrafas de álcool”, disse Abhay Panhekar.
De acordo com Pankhar, grandes quantidades de droga ilegal e bebida alcoólica contrabandeada estavam se acumulando no depósito na última década conforme as autoridades aplicavam medidas duras aos traficantes.
O investigador também afirmou que a polícia não pode destruir os narcóticos apreendidos, a não ser que tenham uma ordem judicial. Ele explicou que a erva era guardada em sacos plásticos e, por mais que houvesse evidência do sumiço, não era possível determinar a quantidade exata.
Segundo o tabloide indiano Mumbai Mirror , aproximadamente 25 quilos do entorpecente sumiram de forma misteriosa. Além disso, 25 garrafas plásticas contendo bebida alcoólica também desapareceram. “Mas não podemos confirmar que aconteceu roubo”, disse Pankhar.
Ratos lesados
Estudo realizado pela Universidade de British Columbia constatou que o consumo de THC (principal componente ativo da maconha) faz com que os ratos se tornem preguiçosos. Por mais que o psicoativo não tenha efeito na inteligência dos roedores, ele faz com que seja menos provável que os bichanos realizem um esforço mental para exercer atividades trabalhosas.
Pesquisadores também testaram os efeitos de CBD (componente da cannabis que não tem efeito entorpecente) nos roedores e constataram que não houve alteração no comportamento cognitivo entre os ratos que usaram ou não.
“Nossa pesquisa reforça que sim, a cannabis em si pode ser benéfica para uma série de coisas, mas existe a possibilidade de que a maconha leve a deficiências na cognição que devem ser consideradas”, disse o estudante de doutorado Mason Silveira.