A rainha Elizabeth II visitou nesta quinta-feira um hospital onde estão internados crianças feridas no atentado terrorista de segunda-feira em Manchester. A monarca britânica visitou o centro pediátrico Royal Manchester Children's Hospital, depois de ter feito um minuto de silêncio em homenagem aos 22 mortos no ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI). Há crianças e adolescentes entre as vítimas, uma vez que um homem-bomba provocou duas explosões num show da cantora pop Ariana Grande, cujo público é majoritariamente infanto-juvenil.
Na unidade visitada pela rainha, foram internadas doze crianças menores de 16 anos após o ataque. Eles ficaram gravemente feridos pelas explosões. No total, além dos mortos, 64 pessoas foram feridas no atentado traumático para os britânicos.
Conversando com Evie Mills, de 14 anos, que é fã de Ariana e tinha ganhado os ingressos como presente de aniversário, a rainha disse que ela é uma ótima cantora:
— (Ariana) canta muito muito bem — disse a rainha à adolescente.
Mais cedo, a praça Saint Ann, em Manchester, principal local dos tributos, reuniu centenas de pessoas para o minuto de silêncio realizado às 11h (horário local).
Salman Abedi, um britânico de origem líbia, detonou seus explosivos no fim do show que acontecia na Manchester Arena, cuja capacidade é de 21 mil pessoas. A investigação para desmantelar a célula terrorista responsável pelo atentado prossegue. Até o momento, oito pessoas — incluindo o pai e dois irmãos do autor do ataque — foram presas.
A polícia ainda busca um suspeito fabricante de bombas que pode ter fornecido o artefato a Abedi, de 22 anos. O atentado em Manchester foi o mais mortal no Reino Unido desde os ataques contra os transportes públicos de Londres reivindicados pela al-Quaeda em 2005, que deixaram 52 mortos e 700 feridos.
Depois do ataque em Manchester — o segundo no Reino Unido em dois meses — o país continua em alerta. Nesta quinta-feira, uma equipe do esquadrão antibomba, o Exército e a polícia foram enviados ao sul de Manchester após “uma ligação”. Um pacote suspeito encontrado no local foi considerado seguro.
“Houve um isolamento em Hulme, não Trafford como indicado inicialmente, relacionado a um pacote suspeito. O pacote foi considerado seguro e o isolamento foi desfeito”, disse a polícia de Manchester em comunicado.
Mais cedo, a polícia havia dito que a própria polícia e o Exército estavam respondendo a um chamado de uma faculdade de Manchester.