Quem é Vivek Ramaswamy, bilionário filho de imigrantes que comandará pasta com Elon Musk

Vivek Ramaswamy é bilionário filho de imigrantes indianos escolhido por Trump para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental dos EUA ao lado de Elon Musk.

Bilionário Vivek Ramaswamy foi escolhido por Donald Trump para o Departamento de Eficiência Governamental. | Morry Gash/ AP
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O bilionário Vivek Ramaswamy foi escolhido por Donald Trump para comandar um novo departamento do governo dos Estados Unidos ao lado de Elon Musk. Os dois serão os responsáveis pelo Departamento de Eficiência Governamental.

Ramaswamy é filho de indianos. Sua mãe era psiquiatra e seu pai era um engenheiro e advogado de patentes e foi morar nos Estados Unidos para trabalhar na General Electric. Ele é formado em biologia pela universidade Harvard e fez fortuna após abrir uma empresa de biotecnologia. Em 2022, também fundou uma empresa de gestão de ativos. Aos 38 anos, é um empresário bilionário e inclusive já escreveu livros sobre o assunto. Vive em uma mansão no estado de Ohio, onde nasceu e cresceu.

VIDA NA POLÍTICA

Vivek Ramaswamy entrou na política financiado por ele próprio, se filiando ao Partido Republicano. Ele adotou um discurso ultraconservador e se apresenta como um político jovem, risonho e descontraído.

Ele ganhou os holofotes como pré-candidato republicano à presidência, por seu estilo debochado e bandeira anti-imigração radical no primeiro debate, em meados de 2023. Na época, ele desbancou os então favoritos Donald Trump e Ron DeSantis e saiu vitorioso do embate, ganhando o apelido de o "novo Trump". Mas, logo depois, Ramaswamy acabou desistindo da corrida e declarou apoio à Trump.

POLÊMICO

Ramaswamy disse, no ano passado, que não gosta de política e afirmou que não votou para presidente dos EUA por 15 anos — o voto não é obrigatório no país.

Com tiradas debochadas e um discurso que segue a cartilha da ultradireita, Vivek Ramaswamy tem como principal bandeira o discurso anti-imigração, embora seja filho de indianos que foram morar nos EUA quando jovens.

Apesar de ser filho de imigrantes, ele defende a deportação de todos os que entram no país de forma irregular. Também se diz amante de rap, um estilo musical com discurso geralmente associado às pautas do Partido Democrata — pelas redes sociais, circula até um vídeo no qual ele canta um rap e dança em um palco quando ele era estudante de Harvard.

No ano passado, ao ser questionado por jornalistas sobre se via ambiguidades em suas ideias e as defendidas em letras de músicas de rap, ele justificou que, assim como vários cantores do gênero, se sente um "outsider" (excluído, em uma tradução livre).

Ele também costuma se definir como um "anti woke", em referência ao termo "woke" que define jovens dos Estados Unidos engajados em diversos temas sociais, políticos e ambientais. E já disse lamentar que os EUA tenham se tornado "um país cheio de vítimas".

Veja, abaixo, o que pensa o bilionário sobre os seguintes temas:

Aborto: Ramaswamy se diz contra o aborto, que já chamou de um assassinato. Mas também afirma não concordar com uma proibição do aborto no país inteiro. Sua proposta é que cada estado deveria proibir a interrupção da gravidez a partir das seis semanas de gestação.

Mudanças climáticas: É contra qualquer política pública para amenizar as emissões de carbono dos Estados Unidos ou combater as mudanças climáticas.

Imigração: Embora seja filho de imigrantes, Ramaswany foi o pré-candidato republicano mais linha dura contra a entrada ilegal de estrangeiros nos EUA. Ele defende o fortalecimento das fronteiras e a deportação de qualquer imigrante que tenha entrado no país de forma ilegal — não está claro se esse foi o caminho de seus país.

Direitos da população LGBTQIA+: O bilionário quer retirar todas as leis que concedem direitos às pessoas trans, que ele chama de uma doença mental.

Com informações do g1

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