A quarta greve geral e as manifestações previstas durante 48 horas,a partir desta terça-feira (28) na Grécia ameaçam paralisar o país como protesto contra as últimas medidas de austeridade do governo, que deverão ser aprovadas nesta quarta (29) no Parlamento para receber ajuda do exterior.
A greve, convocada pelos sindicatos dos setores privado e público, afetará o transporte aéreo, urbano e marítimo, além de todos os tipos de serviço público, segundo as autoridades gregas e os sindicalistas.
O plano de austeridade proposto pelo governo socialista pretende arrecadar 78 bilhões de euros até 2015, e inclui privatizações, novos impostos sobre renda e propriedades e cortes de salários e aposentadorias.
"Nossas mobilizações continuarão enquanto estiverem em vigor estas políticas", disse Stakis Anesti, um porta-voz da Confederação Geral de Trabalhadores da Grécia (GSEE).
Segundo explicou Anesti, o protesto terá como ponto de encontro a Praça "Sintagma", em frente do Parlamento, onde os sindicatos esperam uma participação em massa.
As autoridades informaram que cerca de cinco mil policiais cuidarão da segurança nessa zona.
À manifestação desta terça se une a União de Funcionários Públicos (ADEDY).
O governo prevê reduzir a força de trabalho do setor público em 25%, ao tempo que será elevada a 40 horas semanais a carga de trabalho e serão estipulados novos contratos com um salário mínimo de 500 euros mensais.