O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste domingo (11) que propôs a retomada de negociações diretas com a Ucrânia, com o objetivo de encerrar a guerra que já dura mais de três anos. A proposta foi recebida com cautela pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que classificou a iniciativa como um “sinal positivo”, mas condicionou o diálogo a um cessar-fogo imediato e confiável.
Em um comunicado televisionado, Putin disse que sugeriu a cidade de Istambul, na Turquia, como sede para o reinício das conversas, já na próxima quinta-feira (15).
“Estamos propondo que Kiev retome as negociações diretas sem quaisquer pré-condições”, afirmou o líder russo.
Zelensky, por sua vez, publicou em sua conta oficial na rede X (ex-Twitter) que “o mundo inteiro está aguardando por uma paz duradoura”, e reforçou que o primeiro passo deve ser a suspensão dos ataques russos a partir de segunda-feira (12).
A Turquia, que tem histórico de neutralidade no conflito, se ofereceu novamente como mediadora. O gabinete do presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou que Istambul “está pronta para sediar negociações que levem a uma solução permanente”, classificando a proposta como “um ponto de virada histórico”.
Em 2022, as partes chegaram a esboçar um acordo na mesma cidade, mas as tratativas fracassaram. À época, o texto previa que a Ucrânia abrisse mão de entrar na Otan e adotasse neutralidade militar, em troca de garantias de segurança do Conselho de Segurança da ONU.
Trump elogia possibilidade de paz
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comentou o avanço diplomático. Em publicação na rede Truth Social, afirmou que este é “potencialmente um ótimo dia” para os dois países.
“Pensem nas centenas de milhares de vidas que serão salvas quando esse banho de sangue sem fim chegar ao fim”, escreveu Trump, que tem prometido pôr fim à guerra caso retorne à Casa Branca.