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Putin e Trump discutem crise entre Israel e Irã em ligação de 50 minutos

Líderes manifestaram preocupação com escalada no Oriente Médio e sinalizaram possível reabertura do diálogo nuclear com o Irã

O presidente dos EUA, Donald Trump (esq.), e o presidente da Rússia, Vladimir Putin | Foto: Elijah Nouvelage and Alexander NEMENOV / AFP
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Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Donald Trump, dos Estados Unidos, conversaram por telefone neste sábado (14) sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã. A ligação durou cerca de 50 minutos e também abordou os rumos da guerra na Ucrânia e eventuais caminhos diplomáticos para contornar os impasses geopolíticos atuais.

Segundo o Kremlin, essa foi a quinta conversa entre os dois líderes desde o início do atual mandato de Trump, que vem promovendo uma reaproximação com Moscou. A principal pauta foi a ofensiva israelense contra o Irã, condenada por Putin, que demonstrou preocupação com os impactos imprevisíveis da escalada militar na região.

Reaproximação e mediação

Durante a ligação, Putin afirmou estar disposto a atuar como mediador entre Israel e Irã. Trump, por sua vez, não descartou um possível retorno dos EUA ao diálogo sobre o programa nuclear iraniano, que vinha sendo negociado antes de ser suspenso. O Kremlin destacou que o líder americano reiterou o desejo de uma resolução rápida para o conflito russo-ucraniano.

Ainda no telefonema, Putin comunicou a Trump que negociações com a Ucrânia podem ser retomadas a partir de 22 de junho, com base em acordos preliminares fechados no encontro entre delegações em Istambul. O assessor de política externa do Kremlin, Yury Ushakov, relatou que a tensão atual pode minar completamente as conversas entre Teerã e Washington, cujo encontro previsto para este domingo (15), em Omã, foi cancelado.

A ligação entre os líderes ocorre em um momento de grave instabilidade internacional, com Israel afirmando que atacará “todos os locais” estratégicos iranianos, e o Irã prometendo retaliação, acusando Tel Aviv de arrastar a região para um “ciclo perigoso de violência”.

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