A líder do Sindicato dos Professores do México, Elba Esther Gordillo Morales, foi presa nesta terça-feira acusada de desviar mais de US$ 200 milhões em recursos públicos, de acordo com o procurador-geral da República, Jesús Murillo Karam. O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Educação (SNTE), dirigido Gordillo Morales, é um dos maiores da América Latina, com um milhão e meio de membros.
O procurador disse que a dinheiro do sindicato foi "sistematicamente desviado" entre 2008 e 2012 para contas pessoais no México e ainda para bancos e lojas nos EUA e na Suíça. Elba Esther Gordillo foi presa no aeroporto de Toluca, a 30 km de Cidade do México, junto com outras três pessoas.
O correspondente da BBC na Cidade do México, Alberto Najar, disse que a prisão ocorreu um dia depois de o presidente Enrique Peña Nieto passar uma emenda constitucional para reformar o sistema de educação do país, que contava com oposição do SNTE.
Murillo Karam disse que Elba Esther Gordillo, que está há mais de 20 anos à frente do sindicato dos professores, foi presa sob a acusação de desvio de cerca de 2,6 bilhões de pesos (cerca de US$ 204 milhões) dos fundos da União para as suas contas pessoais.
Segundo o procurador, a Unidade de Inteligência Financeira do Ministério das Finanças detectou operações irregulares com fundos da União por três pessoas que não estavam autorizadas a movimentar esses recursos.
A sindicalista usou o dinheiro para, entre outras coisas, fazer cirurgias plásticas, adquirir cartões de crédito, comprar um jato particular e imóveis na Ilha de Coronado, em San Diego, Califórnia.