Um pedófilo norte-americano, que escondia sua vítima em um buraco atrás de sua geladeira, foi condenado à prisão por 27 anos por ofensa sexual grave. Michael Dunn, de 57 anos, capturou a menor de idade depois de ela ter fugido de casa.
Segundo o “The Guardian”, o pedófilo abriu um buraco atrás da geladeira, a fim de criar um esconderijo para a vítima que tinha entre 10 e 11 anos. A “prisão” da menina em sua casa durou alguns anos – o espaço "secreto" era utilizado em momentos de fuga à polícia. O juiz Tony Briggs afirmou que “a história revela um homem diabólico, manipulador e controlador com uma forte necessidade de dominação”.
Dunn foi condenado por dez estupros, três acusações de tentativa de encarceramento e três condenações de agressão sexual depois de um julgamento em janeiro deste ano, quando foi revelado que ele usou um saco de pó e um painel para camuflar o buraco, escondendo a vítima da polícia por oito ou nove vezes. Além do “disfarce” no buraco, ele também mantinha dois cachorros grandes próximos da cozinha, fazendo com que policiais evitassem chegar ao local, segundo foi divulgado.
Apesar de chocante, o criminoso não alvejou somente uma menina, havendo estuprado uma segunda vítima, submetendo-a a violência repetitiva, colocando câmeras, alarmes e fechaduras em sua casa, impedindo que saísse. Também abusou sexualmente de outra adolescente na década de 1990, dando bebidas alcóolicas e cigarros a ela. Na época, a menor chegou a contar à sua mãe o que aconteceu, mas quando a polícia foi investigar o caso, Dunn conseguiu testemunhas para mentir, então a vítima foi informada de que sua queixa não seria levada adiante.
Porém, agora, com a terceira vítima completando 19 anos, o criminoso passa pelo julgamento devido. O juiz afirmou que o caso é “horrível” e o descreveu como "abominável" que Dunn tenha escolhido uma menina que, inclusive, já havia sido abusada em casa. Um relatório da pré-sentença diz que o homem “representa um risco de danos sérios para as mulheres”.
Fora do tribunal, o magistrado desabafou à imprensa: "Este é o caso mais angustiante, perturbador e complexo com o qual lidei nos meus 25 anos de serviço".
O caso chegou a ser comparado com o do pedófilo austríaco Josef Fritzl, que manteve membros da família em um cativeiro.