Diante do aumento da violência no Equador, o presidente Daniel Noboa emitiu um decreto na terça-feira (9) declarando um estado de "conflito armado interno" no país.
A medida autoriza a intervenção do Exército e da Polícia Nacional no país contra facções criminosas, e também:
- Identifica como organizações terroristas 22 facções criminosas e "atores beligerantes não estatais";
- Determina às Forças Armadas a execução de operações militares para "neutralizar" os grupos criminosos, "respeitando os direitos humanos".
Indivíduos armados e com os rostos encobertos invadiram os estúdios do canal de TV estatal TC Televisión em Guayaquil, Equador, nesta terça-feira (9). Alegando possuir bombas, eles provocaram sons similares a tiros. A Polícia Nacional do Equador está a caminho do local, e o jornal "El Universo" relatou a entrada de agentes policiais no edifício.
Segundo relatos da mídia equatoriana, um dos invasores chegou a pressionar uma arma contra o pescoço de um apresentador.
Os homens mantêm pessoas como reféns e houve disparos dentro do estúdio, segundo o site de uma outra TV, a "Ecuavisa".
Segundo o jornal "El Universo", um artefato explosivo foi colocado na recepção do canal e há indicações que mais de 10 pessoas entraram no canal foram ao estúdio do programa El Noticiero, que estava sendo transmitido ao vivo.
O Estado do Equador é o sócio controlador da TC Televisión.
O país vive uma crise de segurança há dois dias. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, decretou estado de exceção na segunda-feira (9), depois da fuga da prisão de um criminoso conhecido como Fito, chefe do grupo Los Choneros. O Ministério Público acusa funcionários do próprio presídio de terem facilitado a fuga.
Nesta terça-feira (9), as autoridades relataram a fuga de outro criminoso: Fabricio Colón Pico, um dos líderes de Los Lobos, preso na sexta-feira pelo crime de sequestro e por sua suposta responsabilidade em um plano para assassinar a procuradora-geral do país.
Sete policiais foram sequestrados já durante o período de estado de exceção. Os sequestros aconteceram nas cidades de Machala e Quito e na província de Los Rios.