A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, deixou Washington nesta quarta-feira (7) sem conseguir avançar nas negociações para reduzir a tarifa de 39% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos suíços. A medida, a mais alta aplicada a um país desenvolvido, entra em vigor à 0h01 (horário de Nova York) desta quinta-feira.
Keller-Sutter viajou aos EUA em uma tentativa de última hora de convencer Trump, mas não conseguiu uma reunião com o líder americano. Ela apresentou uma nova proposta a autoridades, mas não houve acordo. Mais cedo, encontrou-se com o secretário de Estado, Marco Rubio, e discutiu temas como tarifas, cooperação bilateral e questões internacionais.
“Tivemos uma reunião muito boa, uma troca muito amigável e aberta sobre temas e interesses comuns”, disse Keller-Sutter à emissora pública suíça SRF.
Segundo a Bloomberg Economics, se aplicada de forma ampla — incluindo produtos farmacêuticos —, a tarifa pode afetar até 1% do PIB suíço no médio prazo. O alto superávit comercial da Suíça com os EUA, de US$ 38,5 bilhões, é apontado como o principal entrave para um entendimento.
Produtos como ouro, relógios, dispositivos médicos e medicamentos respondem pela maior parte das exportações suíças para o mercado americano, tornando improvável uma redução rápida do déficit comercial, mesmo com concessões. O governo suíço não comentou oficialmente o resultado da missão