A polícia russa prendeu nesta sexta-feira vários ativistas dos direitos gays que protestavam em São Petersburgo e Moscou, ao mesmo tempo em que ocorria a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi.
Em Moscou, a polícia conseguiu deter 10 ativistas dos direitos gays que agitavam bandeiras do arco-íris na Praça Vermelha. Já em São Petersburgo, quatro ativistas foram presos depois de mostrarem uma bandeira citando a proibição da Carta Olímpica a qualquer forma de discriminação. Os manifestantes foram rapidamente caçados pela polícia.
A lei russa proíbe propaganda gay e tem atraído fortes críticas internacionais e até ameaças a boicote aos Jogos de Sochi por parte de ativistas homossexuais e simpatizantes. A lei russa também proíbe quaisquer protestos não-sancionados, que podem enfrentar multas ou penas de prisão.
Human Rights First, uma entidade de direitos humanos com sede em Nova York e Washington, rapidamente condenou as prisões dos ativistas russos. "A coisa mais alarmante é que, apesar da atenção internacional , as autoridades ainda estão trazendo mais encargos nos termos da lei e estão aplicando em uma escala maior", disse o porta-voz Shawn Gaylord em comunicado.
Já o All Out, grupo internacional que organizou eventos em 20 cidades na semana para pressionar patrocinadores olímpicos para condenar a lei da propaganda gay na Rússia , também criticou duramente o ocorrido desta sexta. "Este movimento escandaloso contradiz diretamente a garantia do COI de que as leis russas estão em consonância com a Carta Olímpica", disse Andre Banks, diretor-executivo do All Out.