Pinguins sujos de óleo chegam ao Uruguai

Petróleo seria procedente de vazamento em barco próximo à costa

Pinguins mortos em caixa | Reuters
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Pelo menos cem pinguins sujos de petróleo chegaram nas últimas semanas à costa do Uruguai. ONGs ambientalistas estimam que, provavelmente, outros cem morreram antes que pudessem ser resgatados.

Os pinguins começaram a chegar à costa de Maldonado e Rocha (sudeste) em meados de junho e atualmente há 60 exemplares nas instalações da ONG Sociedade para a Conservação da Biodiversidade de Maldonado (Socobioma) e 25 na ONG SOS Resgate Fauna Marinha, do mesmo estado, informaram à AFP fontes das duas organizações.

As aves, da espécie pinguim-de-Magalhães, procedem do sul da Argentina e cruzam em frente à costa uruguaia todos os invernos austrais, rumo ao litoral brasileiro, um caminho que depois fazem ao contrário a partir de setembro, na primavera austral.

"Começaram a chegar às praias em meados de junho, mas a quantidade aumentou na primeira quinzena de julho. Todos com mais de 80% do corpo coberto de petróleo", disse à AFP Lourdes Casas, veterinária encarregada da Socobioma.

"No total terão entrado uns 70 ou 80, dos quais restam pouco menos de 60, mas muitos já são encontrados mortos", explicou.

"Eu acho que deve hacer mais de 300 ou 400 mortos, o problema é que não temos capacidade econômica de sair para recolhê-los e se não são encontrados assim que chegam à praia, morrem de frio", acrescentou.

Para Richard Tesore, da SOS Resgate Fauna Marinha, pelo menos 200 pinguins contaminados devem ter chegado à costa uruguaia.

As manchas de petróleo afetam a temperatura corporal destas aves migratórias, que se aproximam da praia em busca de calor e se não forem resgatadas, morrem de hipotermia.

As ONGs atribuem a contaminação dos pinguins a algum vazamento de combustível em um barco petroleiro, não muito distante da costa uruguaia.

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