Pedreiro brasileiro pode ser condenado à morte nos EUA

Em 5 de outubro, 12 jurados consideraram Coutinho culpado pelo assassinato de outros três brasileiros.

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Condenado por triplo homicídio nos Estados Unidos, um pedreiro brasileiro poderá receber uma injeção letal nos próximos meses.

Em novembro, três juízes decidirão se José Carlos Oliveira Coutinho, 38, cumprirá prisão perpétua ou se enfrentará o corredor da morte.

Em 5 de outubro, 12 jurados consideraram Coutinho culpado pelo assassinato de outros três brasileiros: o empreiteiro Vanderlei Szczepanik, a mulher dele, Jaqueline (ambos de 43 anos), e o filho do casal, Christopher, 7.

Os crimes ocorreram em dezembro de 2009 em Omaha, Nebraska --o Estado é um dos 33 que têm pena de morte.

Segundo a acusação, o pedreiro foi o mandante e presenciou os assassinatos.

Os executores, conforme a polícia, foram os pedreiros Valdeir Gonçalves dos Santos, 32, e Elias Lourenço, 30. Eles eram subordinados a Coutinho em uma obra que era coordenada pelo empreiteiro que foi assassinado.

ENFORCADOS

O caso foi esclarecido em agosto de 2011, depois que as mulheres de Santos e Coutinho revelaram à polícia que foram eles quem mataram os Szczepanik por causa de uma desavença financeira.

Primeiro, Vanderlei foi espancado até a morte. Depois, os três obrigaram Jaqueline a entregar os cartões bancários com as senhas. Sacaram o dinheiro da família e mataram a mulher e a criança enforcados.

Esquartejados, os corpos das vítimas foram jogados no rio Missouri. Só o de Christopher foi encontrado.

Após os relatos da própria mulher, Santos fez um acordo judicial para ter sua pena reduzida caso confessasse. No ano passado, ele admitiu os assassinatos e foi condenado a 20 anos de prisão.

Terceiro envolvido no triplo homicídio, o pedreiro Lourenço foi deportado para o Brasil em abril de 2011, porque, na época, a polícia não tinha provas que o incriminavam.

Agora, familiares das vítimas querem que ele seja extraditado para os EUA. O empecilho é que o Brasil não extradita seus cidadãos para cumprirem pena no exterior.

"Se o Brasil quiser, consegue extraditá-lo. Ele precisa pagar pelo que fez", reclamou Tatiane Klein, filha do primeiro casamento de Jaqueline.

Ontem, a reportagem não localizou os advogados dos condenados. No ano passado, parentes disseram à Folha que eles eram inocentes e que as mulheres deles queriam se vingar porque eles saíram do país sem data para voltar.

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