P. McCartney diz em entrevista ter celular grampeado por jornais

O músico detalha que o problema dos grampos não é o único que o incomoda, também reclama do assédio dos paparazzi

Ex-beatle Paul McCartney | Divulgação
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O ex-beatle Paul McCartney disse acreditar que muitos jornais britânicos grampearam seu celular, e que a certeza existe porque a polícia teria mostrado provas.

A afirmação do músico britânico está na entrevista publicada neste sábado no jornal "The Times". Na reportagem, ele diz que em um determinado momento diferentes publicações ouviam suas ligações e mensagens da caixa de mensagens de seu celular, por isso é a favor da aprovação de leis para combater os excessos da imprensa.

Um juiz britânico investiga atualmente a ética jornalística em relação ao caso da espionagem do extinto dominical "The News of the World", que durante anos teria feito escutas de celulares de ricos e famosos, assim como de vítimas do terrorismo.

O assédio da imprensa preocupou McCartney no período da separação de sua segunda mulher, Heather Mills, em 2008.

O ex-beatle explica que sabia que seu celular estava grampeado por causa da publicação de detalhes de sua vida não contados a ninguém, como o planejamento de férias nas Bahamas. Isso tudo, antes de eu saber que era grampo, me fez levantar suspeitas de pessoas em quem confiava.

"Agora tendo a não falar muito por telefone. Se deixo uma mensagem, é somente sobre algum fato público", diz McCartney.

O músico detalha que o problema dos grampos não é o único que o incomoda, também reclama do assédio dos paparazzi.

"Sabe o que realmente me incomoda? Eu adoraria sair de férias e não me preocupar com nada durante duas semanas. Tempos atrás vi um homem na praia jogando na areia só de bermuda e senti muita inveja", admite o músico.

INVESTIGAÇÃO

Na investigação sobre o caso das escutas, comandado pelo juiz Lord Leveson, já depuseram famosos como o ator britânico Hugh Grant, a atriz Sienna Miller e a escritora J.K. Rowling.

Em 2006, a espionagem jornalística tornou-se pública, mas a investigação foi fechada pela polícia. Nova investigação foi aberta em janeiro. Mas o escândalo agravou-se no fim do primeiro semestre deste ano, quando foram grampeados celulares de familiares de vítimas de crimes, terrorismo e de soldados mortos em combate.

A Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) investiga o caso dos grampos ilegais do "The News of the World", fechado em julho por causa do episódio.

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