Passa de 170 o número de mortos devido a chuvas na Rússia

Presidente Vladimir Putin decretou luto e abriu uma investigação.

|
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Os serviços de resgate continuam encontrando corpos neste domingo (8) na região de Krasnodar, no sudoeste de Rússia, onde chuvas torrenciais e inundações ocorridas entre sexta-feira à noite e a madrugada de sábado deixaram 171 mortos confirmados até o momento.

O presidente Vladimir Putin ordenou uma investigação e ajudas imediatas.

O comitê de investigação local, citado pela agência de notícias russa Interfax, disse que foi encontrado hoje o corpo de uma menina de oito anos na pequena cidade de Krymsk, elevando para 159 o número de mortos nesta localidade, que foi a mais atingida.

Nove corpos foram encontrados desde que começou a inundação na estação balneária de Gelendjik e o balanço foi elevado para três mortos no porto vizinho de Novorossiisk, o mais importante da costa russa do Mar Negro.

A imprensa e os resgatistas do local temem que a lista de falecidos aumente ainda mais à medida que a água retrocede e os serviços de resgate avançavam em seu trabalho.

"Abrimos as casas: cadáveres", explicou pela noite o prefeito de Krymsk, Vassili Kroutko, que esteve reunido com o presidente Vladimir Putin.

Luto

Putin decretou um dia de luto nacional em 9 de maio.

A zona apresentava neste domingo uma paisagem de desolação, com árvores ou partes de casas caídos ou veículos tombados.

"Tiramos os escombros como pudemos, ainda não recebemos nenhuma ajuda", disse à AFP a habitante local, Irina Morgounova.

Segundo as autoridades locais mais de 12.000 habitantes e 4.000 casas foram afetadas pelo desastre neste distrito, que conta com 60.000 pessoas.

As chuvas pegaram os habitantes desprevenidos, mas muitos russos dizem que tantas mortes podem ser o resultado de uma comporta aberta num reservatório de água. As autoridades negam essas afirmações.

Choveu em Gelendzhik em 24 horas o correspondente a cinco meses, segundo a administração local.

Em Novorossiisk, o maior porto da Rússia no Mar Negro, as chuvas de 24 horas corresponderam a dois meses.

Célula de emergência

Uma célula de emergência foi formada para tentar colocar a situação sob controle, segundo um funcionário do porto, Mikhail Sidorov.

"Em alguns lugares, o nível da água atingiu um metro e meio", afirmou.

Segundo as autoridades locais, mais de 12.000 habitantes e 4.000 moradias foram afetadas pelo desastre neste distrito que conta com uma população de 60.000 pessoas.

O presidente Vladimir Putin, cuja residência de verão se encontra a 200 km ao sul, próximo à estação balneária de Sotchi, se dirigiu ao local no sábado à noite.

"É como um tsunami!", disse o presidente, que observou a região inundada de Krasnodar de helicóptero junto ao governador, Alexander Tkatchev.

Muitos habitantes afirmaram que não foram advertidos e que foram pegos de surpresa pela inundação à noite, entre 02H00 e 04H00 da madrugada de sábado.

Putin prometeu uma ajuda financeira para as moradias destruídas e indenizações, da ordem de 2 milhões de rublos (50.000 euros) para cada família.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES