Parlamento italiano adiou a decisão sobre escândalo

Primeiro-ministro é acusado de envolvimento sexual com menor de idade

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A comissão do Parlamento da Itália encarregada de aprovar a inspeção do escritório do contador de Silvio Berlusconi adiou para a próxima semana qualquer decisão sobre o caso que compromete o primeiro-ministro por suposto envolvimento com prostitutas menores de idade e abusos de poder.

O pedido foi apresentado pelo Tribunal de Milão à Junta para as Autorizações Câmara de Deputados, que considerou necessário mais tempo para examinar as 389 páginas da documentação.

Berlusconi é investigado pelo caso de uma jovem marroquina com quem teria mantido relações sexuais quando menor de idade.

O premiê corre o risco de ser condenado a uma pena que vai de seis meses a três anos de prisão por violar o artigo 600 Bis do Código Penal, que paradoxalmente foi introduzido por seu governo para lutar contra a prostituição infantil e que além disso não permite reduções de pena, explicaram fontes judiciais.

Berlusconi negou na terça-feira à noite que pense em renunciar e se declarou "sereno" com a agitação provocada pela investigação do chamado "Rubygate".

"Renunciar? Estão loucos", afirmou Berlusconi aos jornalistas que o esperavam na entrada da Câmara dos Deputados para uma reunião com parlamentares de seu partido e advogados.

"Estou absolutamente sereno. Estou me divertindo", declarou aos políticos presentes à reunião, antes de afirmar que tudo não passa de "uma armação midiática, de espionagem contínua".

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