Papa recebe bispos dos EUA após denúncias de abusos sexuais no país

Uma das denúncias de abusos sexuais envolve clero católico.

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O Papa Francisco se reuniu nesta quinta-feira (13) com bispos líderes da Igreja Católica dos Estados Unidos, que pede ao Vaticano respostas sobre uma nova onda de denúncias devastadoras de abusos sexuais por parte do clero.

A denúncia de abusos sexuais envolve clero católico na Pensilvânia e foi feita em um relatório divulgado naquele mês. Além disso, em julho, cardeal Theodore McCarrick renunciou após ser acusado de abusos sexuais contra um jovem de 16 anos. Sua saída abalou toda a Igreja americana, revelando profundas divisões políticas entre os bispos.

Acusações contra o Papa

Um ex-embaixador da Santa Sé, monsenhor Carlo Vigano, chegou a exigir a renúncia do Papa, acusando-o de encobrir o bispo McCarrick por cinco anos, enquanto este ex-arcebispo de Washington foi apresentado por diplomatas como um temível predador homossexual de seminaristas e padres.

Vigano também acusa Francisco de ter ignorado as sanções (aparentemente confidenciais) contra McCarrick por parte de seu antecessor, Bento XVI.

DiNardo enfatizou com prudência que as alegações de Vigano reforçavam a necessidade de uma investigação "rápida e completa" das razões pelas quais "os graves erros morais de um bispo (McCarrick) foram tolerados por tanto tempo".

Sacerdote preso

Na terça-feira, um sacerdote da arquidiocese de Galveston-Houston foi preso depois de ser acusado de abusos sexuais por um homem com agora 36 anos, quando ele era um estudante do ensino médio, entre 1998 e 2001.

Em um comunicado, a arquidiocese também citou o caso de uma jovem mulher que acusou o padre de assédio em 2001. Seus pais não denunciaram o caso à polícia e, após uma investigação interna, o padre retomou as suas funções em 2004.

Nova renúncia de bispo

Francisco também aceitou nesta quinta a renúncia de um bispo americano, Michael Bransfield, acusado de "assédio sexual contra adultos", de acordo com um comunicado da sua diocese. Ele é primo de monsenhor Brian Bransfield, recebido hoje no Vaticano.

Nos Estados Unidos, um grupo de 5.000 diretores de empresas católicas bloquearam US$ 820 mil de contribuições à Santa Sé, à espera de esclarecimentos.

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