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Papa Leão XIV critica “falta de vontade política” no combate à crise climática durante COP30

Em mensagem enviada a representantes das Igrejas do Sul Global em Belém, pontífice cobra ações mais firmes para implementação do Acordo de Paris.

Papa Leão XIV | Foto: Vatican Media
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O papa Leão XIV criticou a “falta de vontade política de alguns” países na implementação das metas do Acordo de Paris. A declaração foi feita em uma mensagem em vídeo divulgada nesta segunda-feira (17) aos membros das Igrejas particulares do Sul Global, reunidos no Museu Amazônico de Belém, durante programação paralela à COP30.

Na mensagem, o pontífice afirmou que o Acordo de Paris continua sendo um instrumento essencial para proteger o planeta, mas destacou que os avanços só serão possíveis com compromisso efetivo dos governos. Ele ressaltou que, embora existam progressos, as nações ainda falham na adoção das medidas necessárias para conter o agravamento da crise climática.

O papa citou efeitos já observados, como enchentes, secas, tempestades e ondas de calor, e alertou que uma em cada três pessoas vive em situação de alta vulnerabilidade.

“A criação clama em enchentes, secas, tormentas e um calor implacável. Uma de cada três pessoas vive em grande vulnerabilidade em consequência dessas mudanças. Para elas, a mudança climática não é uma ameaça distante. Ignorar essas pessoas é negar nossa humanidade compartilhada”, afirmou.

Durante a COP30, cardeais debateram o compromisso da Igreja com a defesa ambiental na Green Zone do evento. Participaram o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Jaime Spengler; o presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam), Fridolin Ambongo; e o presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC), Filipe Neri Ferrao.

O papa Leão XIV encerrou a mensagem defendendo união global entre governos, cientistas e lideranças religiosas. “Enviemos juntos uma mensagem global clara: as nações permanecem unidas na firme solidariedade com o Acordo de Paris e a cooperação climática”, disse o pontífice.

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