Papa Francisco torna santos os 30 primeiros mártires do Brasil

Ao anúncio do Papa, um grande aplauso se elevou da multidão.

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Na manhã deste domingo o Brasil - maior país católico do mundo - ganhou 30 novos santos em uma cerimônia realizada na praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco canonizou os ‘mártires do Rio Grande do Norte’, grupo de fiéis católicos mortos por holandeses calvinistas no ano de 1645.

Pronunciando a fórmula ritual da canonização, o Pontífice declarou santos os sacerdotes diocesanos André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, o camponês Mateus Moreira e outros 27 leigos, incluindo quatro crianças.

Ao anúncio do Papa, um grande aplauso se elevou da multidão formada por peregrinos e delegações oficiais provenientes do Brasil e dos países de origem dos outros cinco santos proclamados por Francisco: os adolescentes indígenas mexicanos Cristobal, Antonio e Juan, que viveram no século 16, o espanhol Faustino Míguez (1831-1925), e o italiano Angelo d'Acri (1669-1739).

Os dois padres e 28 leigos do Rio Grande do Norte são os primeiros mártires brasileiros santificados pela Igreja Católica, encerrando um processo de quase três décadas. A história dos massacres de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte, só começou a ser divulgada no fim dos anos 1980, graças às pesquisas do monsenhor Francisco de Assis Pereira (1935-2011), que escreveu um livro sobre o tema, chamado "Beato Mateus Moreira e seus companheiros mártires".

Os 30 brasileiros canonizados pelo Papa neste domingo são: André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, Antônio Vilela Cid, Antonio Vilela e sua filha (identificada apenas como uma criança do sexo feminino), Estêvão Machado de Miranda e duas filhas (também não identificadas), Manoel Rodrigues de Moura e sua esposa (não identificada), João Lostau Navarro, José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, João Martins e seus sete companheiros (identificados apenas como um grupo de jovens que se recusaram a lutar pela Holanda contra Portugal), a filha de Francisco Dias - que não está entre as vítimas, mas é provável que ele tenha morrido junto à pequena -, Antônio Baracho e Domingos de Carvalho. Com informações da Ansa.

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