O Papa Francisco apelou neste sábado (25) para que a Igreja Católica mantenha suas "portas abertas" e não atue como uma "alfândega", citando o exemplo dos padres que se negam a batizar filhos de casais não casados formalmente.
Segundo o Papa, frequentemente a Igreja se comporta como "controladora da fé", e não como "facilitadora".
As declarações foram feitas na missa papal diária, na Casa de Santa Marta, no Vaticano.
Na homilia, transmitida pela Rádio Vaticano, o Papa citou o exemplo de um padre que se negou a batizar o filho de uma mãe solteira.
"Esta mulher teve a valentia de prosseguir sua gravidez", disse. "E o que encontrou? Uma porta fechada."
"Quando escolhemos esse caminho, não estamos ajudando o povo de Deus", disse. "Jesus criou os sete sacramentos e, com esse tipo de atitude, criamos um oitavo: o sacramento da aduana pastoral!"
Em setembro de 2012, Jorge Bergoglio, então arcebispo de Buenos Aires, já havia criticado os sacerdotes que se negavam a batizar aos filhos nascidos fora do casamento, qualificando-os de "hipócritas".