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Papa Francisco fez gesto de 'tchau' para enfermeiro, agradeceu e não sofreu, diz Vaticano

De acordo com o Vaticano, o pontífice começou a apresentar sinais de uma “doença súbita” por volta das 5h30 da manhã de segunda-feira.

Horas antes de morrer, Papa Francisco falou aos fiéis | Foto: Stefano Costantino/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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O Papa Francisco acenou em despedida para seu enfermeiro pessoal momentos antes de morrer, e, segundo o Vaticano, “não sofreu, pois tudo aconteceu muito rapidamente”. A declaração foi feita nesta terça-feira (22) pelo canal oficial de notícias da Santa Sé.

De acordo com o Vaticano, o pontífice começou a apresentar sinais de uma “doença súbita” por volta das 5h30 da manhã de segunda-feira (0h30 no horário de Brasília), cerca de duas horas antes de falecer. Diante dos sintomas, Francisco se despediu com um gesto de mão de seu enfermeiro, Massimiliano Strappetti, responsável por seus cuidados em tempo integral, antes de perder a consciência.

“Pouco mais de uma hora após os primeiros sinais, ao fazer um gesto de adeus para Strappetti, o papa entrou em coma. Ele não sofreu. Tudo aconteceu de forma muito rápida”, informou o comunicado oficial.

O canal de notícias também relatou que Francisco morreu “tendo novamente abraçado o povo, depois de tanto tempo”.

O pontífice morreu aos 88 anos na segunda-feira (21), após sofrer um acidente vascular cerebral e uma parada cardíaca em seu apartamento na Casa de Santa Marta. Ele se recuperava de uma pneumonia bilateral, que o manteve hospitalizado por 38 dias entre fevereiro e março deste ano. A morte ocorreu um mês após receber alta.

Entre suas últimas palavras, segundo o Vaticano, Francisco agradeceu a Strappetti por tê-lo levado até a Praça de São Pedro no Domingo de Páscoa, quando circulou em papamóvel para saudar os fiéis. A cena surpreendeu os presentes, pois o papa ainda se recuperava da pneumonia.

“Obrigado por me trazer até a praça”, teria dito Francisco a seu enfermeiro, conforme relatado nesta terça-feira (23).

Famoso por sua dedicação incansável, o pontífice passou seu último dia trabalhando, desconsiderando a recomendação médica de dois meses de repouso para recuperação completa da pneumonia.

No domingo, cerca de 35 mil católicos lotaram a Praça de São Pedro para acompanhar o passeio do papa, que estava sentado em uma cadeira elevada na parte de trás do papamóvel. Durante o percurso, era possível ouvir gritos de “viva o papa”, e o veículo parava de tempos em tempos para que ele pudesse abençoar bebês levados por assistentes.

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