O papa Francisco sugeriu que as mulheres ameaçadas com o vírus zika poderiam usar métodos contraceptivos, mas não abortar o feto, dizendo que há uma clara diferença moral entre abortar e prevenir uma gravidez.
"O aborto não é um mal menor, é um crime", disse ele. "Retirar uma vida para salvar outra é o que a máfia faz. É um crime. É um mal absoluto". Por outro lado, evitar a gravidez não é um mal absoluto em certos casos, como quando uma pessoa está com o vírus zika, disse o papa.
A declaração do papa foi dada a um repórter que questionou se o aborto e o uso de contraceptivos poderiam ser considerados um "mal menor" quando ligados aos casos do vírus zika ou de microcefalia.
Contudo, segundo Jorge Bergoglio, não se deve confundir o “mal para evitar a gravidez” com a interrupção da gestação. "Sobre o mal menor, evitar a gravidez, falemos em termos de conflito entre o quinto e o sexto mandamentos ['não matar' e 'não pecar contra a castidade']. Paulo VI, o grande, em uma situação difícil na África, permitiu às freiras o uso de anticoncepcionais em casos de violência", declarou Francisco aos jornalistas presentes em seu avião.