Papa critica o lucro egoísta e pede a criação de empregos em audiência

O papa Francisco criticou nesta quarta-feira

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O papa Francisco criticou nesta quarta-feira "a concepção economicista da sociedade, que procura o lucro egoísta acima dos parâmetros da justiça social" e que tem como uma das consequências o grande número de desempregados neste feriado do Dia do Trabalho.

Como de costume, o pontífice circulou pela praça de São Pedro em um jipe branco entre cerca de 60 mil pessoas, que se reuniram para escutar a catequese de Francisco em sua audiência das quartas-feiras. Sob vivas e aplausos constantes e numa manhã de sol radiante, o papa abençoava os presentes, beijava os bebês e abraçava os idosos e doentes.

Em seu discurso, o Papa criticou o trabalho escravo e o tráfico de seres humanos. "A dignidade não é dada pelo poder, dinheiro, cultura, não. A dignidade vem do trabalho e um trabalho digno", pois há muitos "sistemas sociais, políticos e econômicos que fizeram com que esse trabalho signifique se aproveitar dos indivíduos", disse.

Francisco argumentou que quando a sociedade está organizada de forma "que nem todos têm a possibilidade de trabalhar, essa sociedade não é justa". O Papa pediu que as autoridades façam esforços para dar um novo impulso ao trabalho e se preocupem com a dignidade das pessoas. "Peço aos políticos que façam todo o possível para reativar o mercado de trabalho", afirmou o Papa.

Para o Papa, o trabalho é parte do projeto de amor de Deus, "estamos convocados a cultivar e cuidar de todos os bens da criação e desta maneira participamos da obra da criação". Além disso, o pontífice disse que se ocupar é fundamental para a dignidade das pessoas, "nos faz semelhantes a Deus, que trabalhou, trabalha e atua sempre".

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