O grupo radical Hamas garantiu, nesta terça-feira (20), a legitimidade moral das ações militares israelenses na Faixa de Gaza. Imagens de supostos membros da organização terrorista arrastando um corpo pelas ruas do território palestino causaram grande comoção no mundo ocidental. O ato de crueldade é mais um sinal de que a região vive constantes episódios de desordem pública e violações aos direitos humanos.
Na polêmica foto, alguns motoqueiros amarraram um palestino que foi assassinado por supostamente colaborar com o inimigo judeu. Além da referida vítima, outros 5 homens foram mortos na ação marcial do Hamas contra aqueles que julgaram traidores da sua causa.
A impressão de que a região é uma terra sem lei é quase involuntária e revolta quem vê a sequência de fotos. Simultaneamente, o desprezo à vida humana retratado pela cena sensibilizou o público atraindo a atenção de muitos para os conteúdos internacionais jornalísticos que reportaram o caso.
Para a maioria dos ocidentais é impossível não se comover ao testemunhar tal episódio. Violações como esta expõem para a comunidade internacional as dificuldades nas quais vivem muitos habitantes do mundo islâmico.
A Palestina tenta há muito tempo constituir uma autoridade nacional, que seja dotada de poderes e legitimidade popular, para estabelecer uma ordem em seus territórios. O ato, registrado pelas lentes da mídia, apenas prova que os palestinos estão longe de possuir um Estado-nação moderno garantidor de uma cidadania que respeite os direitos humanos.
Certo que muitos terroristas sairão impunes de atrocidades como a desta terça-feira, Israel prefere fazer a justiça com suas próprias mãos. Esta atitude procura trazer para o sistema legal israelense, com sua legitimidade organizacional e respectivas punições, criminosos que circulam livremente na Palestina.