Aos nove anos, Keat Rhodes se parece com qualquer outra menina. A diferença, porém, é que ela nasceu menino.
A estudante tinha apenas sete anos, quando foi diagnosticada com transtorno de identidade de gênero e começou sua transição de menino para menina. Desde então, ela passou por uma transformação incrível, com o apoio de seus pais adotivos, Emily e Clint Levan, de Ohio, nos EUA.
Ao longo dos próximos anos, Keat, que tem um irmão mais novo, Blaine, de 7 anos, será submetido a tratamento para completar sua transição do gênero masculino para feminino.
Hoje, Keat é o retrato da felicidade, mas nem tudo foi fácil. Ela e a família têm sofrido uma enorme reação de outros pais em sua comunidade.
Alvos de uma campanha de ódio no Facebook, eles foram acusados de abuso infantil. Alguns até sugeriram que Emily estava transformando Keat em uma boneca Barbie. Mas eles lutaram contra os preconceitos e estão se esforçando para dar à sua filha uma vida normal.
"Quando Keat entrou em nossas vidas, ele era um menino de quatro anos chamado Keaton. Mas percebemos muito cedo que ele era diferente de seu irmão. Enquanto Blaine preferia brincar com caminhões e carros, Keat gostava de bonecas. Na escola, ele gostava de brincar se vestindo com os vestidos de princesa?, diz a mãe.
Os pais de Keat levaram a criança até o médico da família e foram, então, encaminhados a um terapeuta e psiquiatra. Estes o diagnosticaram com transtorno de identidade de gênero. Com o tempo de tratamento e consultas, decidiram que a criança seria livre para viver socialmente como uma menina.
Este ano ela terá seu primeiro encontro com um endocrinologista para discutir bloqueadores de testosterona, o que ela vai começar quando iniciar a puberdade.
Aos 15 anos, ela terá um aconselhamento para determinar se está pronta para iniciar a terapia hormonal, o que lhe permitirá desenvolver o tecido mamário, mas vai fazê-la infértil. Com a idade de 18 anos, ela estará pronta para a cirurgia de mudança total de sexo.
"Pensando no futuro , eu tenho meus medos. Eu estou preocupada sobre se ela vai ser discriminada e sofrer preconceitos. Eu também sei que há um alto risco de suicídio entre as pessoas transexuais. Mas espero que com o nosso amor, ela vá crescer para ter uma vida normal. Só se resume a amor, e se você ama seu filho, então você deve fazer qualquer coisa no mundo para eles", concluiu a mãe.