O pai de uma menina britânica desaparecida há 33 anos pediu para se encontrar com um suspeito no caso, já condenado por outros assassinatos de garotas.
A garota Genette Tate tinha 13 anos quando desapareceu em uma vila da região inglesa de Devon em 19 de agosto de 1978 enquanto distribuía jornais.
Sua bicicleta e jornais foram encontrados poucos minutos após ela ter se encontrado com amigos. Cerca de 7 mil voluntários ajudaram a polícia nas buscas, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Seu pai, John, espera que o homem condenado na semana passada por seu quarto assassinato de crianças, ocorrido há 30 anos, lhe forneça respostas.
Robert Black, de 64 anos, foi condenado pelo assassinato de Jennifer Cardy, então com nove anos, em 1981. À polícia, ele sempre negou qualquer envolvimento com o desaparecimento de Genette.
Carta
Há anos o pai vem pedindo para que Black confesse o crime. Em agosto, ele escreveu para o escocês, pedindo um encontro.
"Caro Robert Black, você poderia tomar as providencias necessárias para que possa visitá-lo? Gostaria de ver e falar com você", disse ele. A carta não foi respondida.
Tate disse à BBC que deseja respostas porque "acho que não viverei muito mais. Queria resolver isso antes de morrer".
"Eu perguntaria: "você fez isso? Você matou Genette e, se a respostas for sim, por favor acabe com nossa agonia e nos diga o que aconteceu e onde. É tudo o que desejo."
"E se não foi ele, vamos continuar buscando o que aconteceu", disse.
O pai diz desejar encontrar os restos mortais da filha para que possa sepultá-los na vila onde mora.
A polícia considerou inicialmente o caso como um de sequestro, mas, ao longo dos anos, passou a aceitar a tese de que Genette tenha sido assassinada.
Black, preso pelo assassinato de outras três garotas, foi questionado pela polícia em 1996 e 98 sobre o caso Genette.
Na semana passada, ele foi condenado pela morte de Jennifer Cardy, que desapareceu quando havia saído com sua bicicleta nova para visitar um amigo em 1981.