ONU diz que Haiti vive catástrofe histórica

Pelo menos 50 mil morreram e 250 mil ficaram feridas no terremoto

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O terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, e outras cidades do país é "uma catástrofe histórica" e "a pior situação que que ONU teve de enfrentar", disse hoje uma fonte da organização.

Elizabeth Byrs, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), disse à agência Efe que "nunca a ONU teve que enfrentar circunstâncias similares".

"Estamos em um país decapitado, sem estruturas políticas ou governamentais nas quais possamos nos apoiar" para levar adiante os trabalhos de ajuda e resgate, acrescentou.

A porta-voz assegurou que nem mesmo o tsunami que atingiu a ilha indonésia de Sumatra e outros países do Sudeste Asiático em dezembro de 2004, deixando mais de 300.000 mortos, provocou tanto caos.

"Até em Banda Aceh - a região da Indonésia mais atingida pelo tsunami - havia certas estruturas governamentais ou oficiais nas quais podíamos nos apoiar", ressaltou a representante do OCHA.

Segundo os números apresentados pelo ministro da Saúde haitiano, Alex Larsen, pelo menos 50 mil morreram e 250 mil ficaram feridas no terremoto.

A Defesa Civil do país acrescentou que de 750 mil a um milhão de haitianos ficaram sem casa.

O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país. A Cruz Vermelha do Haiti estima que o número de mortos ficará entre 45 mil e 50 mil.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, havia falado de "centenas de milhares" de mortos.

O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 14 militares do país que participam da Minustah morreram em consequência do terremoto.

A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor.

Diferente dos dados do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aumentou hoje o número de mortos para 17 - considerando as mortes de Luiz Carlos da Costa, funcionário da ONU, e de outro brasileiro que não identificou -, segundo informações da "Agência Brasil". EFE

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