ONG denuncia necrotério com até 450 corpos na Líbia

Homens e helicópteros dispararam contra manifestantes em Trípoli

Soldado e manifestantes tiram foto | AP
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A ONG Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) revelou nesta terça-feira (22) que se instalou em Trípoli uma necrotério que poderia conter até 450 vítimas da repressão do regime líbio de Muammar Gaddafi.

O diretor-executivo da FIDH, Antoine Bernard, disse àque, segundo ativistas líbios de direitos humanos, o necrotério foi instalado em uma escola situada ao lado do principal hospital da capital líbia.

A FIDH informou nesta segunda-feira (21) que os protestos iniciados na semana passada no país deixaram pelo menos 300 mortos e, segundo Bernard, ainda não se está em condições de oferecer números atualizados.

O representante da ONG acrescentou que a repressão aos protestos com disparos e bombardeios de aviões de combate e helicópteros constitui um "crime contra a humanidade" e pediu que seus responsáveis "não fiquem impunes".

Em referência à reunião que o Conselho de Segurança da ONU iniciou nesta terça-feira (22) para abordar a grave crise no país, fez uma chamada para que a comunidade internacional se mobilize a favor da "cessação do massacre".

Em entrevista à emissora de rádio "France Info", o presidente de honra da FIDH, Patrick Baudouin, denunciou nesta terça-feira que o regime de Gaddafi está utilizando "armas pesadas" contra a população e pediu a intervenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o "banho de sangue" na Líbia.

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