OMS apresenta plano para 'barrar' ebola no valor de R$ 1 bilhão

Plano pretende fazer uso dos serviços das Forças Armadas

Ebola | Reprodução
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Com o risco eminente de mais de 20 mil pessoas serem mortas pelo surto do Ebola, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vai apresentar um plano para tentar controlar o avanço do vírus pelo mundo que está avaliado no valor de R$ 1 bilhão.

A doença já fez mais de 1.500 vítimas fatais e dados divulgados recentemente afirmam que o vírus segue se alastrando pelos países, há registros de 3.069 pessoas infectadas. 

"O ebola continua a se proliferar de uma maneira alarmante, com países tendo sérias dificuldades para controlar o surto", alerta o plano da OMS.  "O surto continua grave e a transmissão ainda está aumentando de uma forma substancial", declarou. Para a OMS, essa realidade coloca um "sério risco para a segurança sanitária global".

Em regiões já afetadas, a previsão é de que o número real de casos seja até quatro vezes superior ao que se tem registrado. Mas os números finais podem rapidamente chegar a 20 mil.

Segundo o plano, será necessário uma resposta internacional "massiva" para ajudar os países afetados.

O principal objetivo é o de parar a transmissão em capitais e cidades portuárias, o que ajudaria no esforço de contenção da doença.

Para isso, o plano da OMS prevê que os países afetados possam implementar em todo seu território as medidas para evitar a contaminação. A entidade ainda sugere que governos criem mecanismos para responder de forma imediata a cada novo caso, isolando os infectados.

Outra medida é ainda a de fortalecer a capacidade do serviço de saúde, principalmente de áreas onde existe uma intensa transmissão e centros de transporte.

Exército

Para a OMS, o uso das Forças Armadas também precisa existir. "Onde necessário, autoridades nacionais precisam planejam e deslocar serviços de segurança para garantir a segurança física das instalações sanitárias", indicou.

Segurança especial precisa ser garantida em centros de atendimento, centros de isolamento, laboratórios e até em enterros. A OMS sugere que médicos recebam uma proteção especial e que sejam evacuados de centros sempre que seja necessário.

Metas

A primeira meta é a de reverter a tendência das transmissões nos próximos três meses nos locais mais afetados, além de parar a proliferação em capitais e portos. A meta é ainda a de acabar toda transmissão residual entre 6 e 9 meses

Outra meta é a de impedir a proliferação de casos em novos países, oito semanas depois que um eventual primeiro caso seja detectado.

Para isso, a OMS admite que o Oeste da África e a comunidade internacional terá de investir US$ 490 milhões em em laboratórios, médicos e infraestrutura.

Hoje, o ebola está justamente em alguns dos países mais pobres do mundo, como Serra Leoa e Libéria. Para conseguir conter a doença, esses locais precisarão de 1,5 mil novos leitos em seus hospitais.

A OMS também pede um treinamento imediato dos médicos, apela para que governos paguem os salários atrasados e garantam equipamentos. Para a comunidade internacional, o apelo é para que governos façam doações para financiar esses programas na África.

Medidas ainda incluem garantir abastecimento de alimentos e água à regiões mantidas em quarentena e proibir viagens de todas as pessoas que tiveram contato com pacientes. A OMS ainda pede que enterros sejam supervisionados e que todas as pessoas que tiveram contatos com um infectado sejam alertadas.

Aos países fora da região, a OMS pede que governos isolem casos de mortes não explicadas, principalmente se o paciente apresentou um estado febril e vive em países que fazem fronteira com um local contaminado. O maior controle de fronteiras, aeroportos e portos também é recomendado.

A OMS ainda estima que a operação necessitará de 12 mil médicos locais e mais de 700 especialistas estrangeiros que terão de ser enviados aos locais.

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