A Agência Brasil, órgão estatal de notícias, publicou nesta terça-feira (25) que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitará o Brasil em março. O líder americano será recebido em Brasília pela presidente Dilma Rousseff, segundo a agência. As autoridades não confirmam nem negam a informação.
Contatado, o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) não confirmou a informação, assim como o Departamento de Estado americano.
Dilma pretendia ir aos Estados Unidos em março, mas houve uma mudança na agenda e Obama, que havia sido convidado no ano passado para visitar o Brasil, avisou que aceitava o convite para o final do primeiro trimestre deste ano. A agenda ainda está sendo fechada, assim como não há uma definição de datas, mas a ideia é que as reuniões ocorram na segunda quinzena de março.
Obama desembarcará em Brasília com uma comitiva que deve reunir ministros, assessores e empresários. Do lado brasileiro, Dilma também estará acompanhada de assessores. A comitiva americana inclui representantes do Tesouro, do Departamento de Estado (o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores) e autoridades das áreas de segurança nacional, energia e meio ambiente.
Na agenda oficial de Obama e Dilma estão discussões sobre programas de transferência de renda até questões de energia, investimentos em projetos do pré-sal, comércio exterior, direitos humanos e mudanças climáticas, além da crise cambial e do desenvolvimento sustentável.
Obama não visitou Lula
A expectativa anterior era a de que Obama visitasse o Brasil ainda em 2010, durante o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para muitos analistas, o fato de Obama não ter vindo ao país tem relação com a entrada do Brasil nas negociações do programa nuclear do Irã, o que desagradou os americanos.
Uma das preocupações nos EUA, segundo assessores, é que os investidores americanos estão perdendo espaço para os chineses no Brasil. Atualmente a China é o principal parceiro comercial do Brasil. A perda de espaço comercial é um elemento novo nas relações entre os dois países, pois os americanos durante anos foram os primeiros investidores no Brasil.
Os governos do Brasil e dos EUA já sinalizaram que estão entre as prioridades as propostas de uso de energia limpa e recursos renováveis. Do lado americano, houve ainda indicação sobre articulações para as parcerias de projetos do pré-sal e ações de cooperação para os países pobres, em especial o Haiti.