O presidente americano Barack Obama, a brasileira Dilma Rousseff e o cubano Raúl Castro falarão nesta terça-feira (10) em homenagem a Nelson Mandela no estádio Soccer City de Johannesburgo, informou o governo sul-africano em um comunicado.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e quatro netos de Mandela também falarão neste ato, que deve contar com a presença de ao menos 80 mil pessoas.
O ato no Soccer City inaugurará cinco dias de homenagens a Mandela, até seu funeral, que acontecerá no domingo.
A presidente brasileira viajou nesta segunda-feira para a África do Sul para presenciar os funerais do líder sul-africano, acompanhada por todos os ex-presidentes do Brasil vivos, informaram fontes oficiais.
Dilma partiu para Johanesburgo com seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney.
"O Estado brasileiro se une para honrar Mandela, exemplo que guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz", escreveu Dilma em sua conta na rede social Twitter antes de viajar para a África do Sul.
A presidente acrescentou que "é uma honra poder reunir todos os ex-presidentes num objetivo comum", o qual considerou como "uma demonstração de que as eventuais divergências no dia-a-dia não contaminam as posições do Estado Brasileiro".
A delegação brasileira deve assistir amanhã a uma missa em memória do ex-presidente sul-africano, que será realizada no FNB Stadium (antigo Soccer City) de Soweto. Será a primeira vez que todos os ex-presidentes brasileiros participarão juntos de um ato internacional.
Além da brasileira, chefes de Estado e de governo e reis e príncipes herdeiros de mais de 80 países confirmaram presença, embora mais governantes anunciaram que irão a algum dos vários atos de homenagem ao ex-presidente sul-africano.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, confirmou sua presença. Já a China enviará seu vice-presidente, Li Yuanchao. Já entre os representantes de países europeus figuram o presidente francês, François Hollande, e os chefes de governo britânico, David Cameron; espanhol, Mariano Rajoy, e italiano, Enrico Letta.
De Cuba irá Raúl Castro; da Venezuela, Nicolás Maduro; do México, Enrique Peña Nieto. O presidente interino da Argentina, Amado Boudou, confirmou presença, assim como o vice-presidente colombiano, Angelino Garzón.
A União Europeia, bem como a União Africana e a Liga Árabe também enviarão seus representantes. Além disso, estarão presentes membros das famílias reais européias.
Mais de 34 de países africanos confirmaram a presença de seus chefes de Estado, entre eles os mais veteranos do continente, Teodoro Obiang Nguema, da Guiné Equatorial; e Robert Mugabe, do Zimbábue.
O papa Francisco nomeou o cardeal ganês Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do Pontifício Conselho da Justiça e a Paz, seu enviado especial nos funerais de Mandela.
Também comunicaram sua presença ex-governantes como Bill Clinton e George W. Bush, dos Estados Unidos, e Andrés Pastrana, da Colômbia, assim como Tony Blair, Gordon Brown e John Major, ex-primeiros-ministros do Reino Unido.
Os funerais de Mandela durarão até domingo, dia 15, quando o ex-presidente sul-africano será sepultado em Qunu, a aldeia onde passou sua infância.