A Junta Militar de Mianmar informou nesta segunda-feira (31) que o número de mortos pelo terremoto de magnitude 7,7, ocorrido na sexta-feira (28), subiu para 2.056. O tremor, um dos mais fortes já registrados no país, também afetou a China e a Tailândia, onde destruiu um arranha-céu.
Equipes de resgate continuam buscando desaparecidos, e os governos da França e da China confirmaram mortes de seus cidadãos. A devastação do terremoto agravou a crise em Mianmar, já mergulhado em uma guerra civil após o golpe militar de 2021, que derrubou o governo de Aung San Suu Kyi.
Infraestruturas críticas foram danificadas, dificultando os esforços humanitários, enquanto o conflito já deslocou 3,5 milhões de pessoas e debilitou o sistema de saúde. Em áreas próximas ao epicentro, moradores relataram falta de assistência governamental.
Sobreviventes
Equipes de resgate resgataram uma mulher com vida após 60 horas nos escombros do Great Wall Hotel em Mandalay, Mianmar, três dias após o terremoto. A operação, realizada por equipes chinesas, russas e locais, durou 5 horas. A mulher está estável. Mandalay fica perto do epicentro do tremor de magnitude 7,7, que causou grande devastação em Mianmar e danos na Tailândia.
Em Bangkok, equipes de resgate retomaram na segunda-feira (31) a busca por 76 pessoas soterradas nos escombros de um arranha-céu em construção que desabou. O governador Chadchart Sittipunt afirmou que as equipes continuam trabalhando, apesar de o prazo para encontrar sobreviventes estar se esgotando.
O governador afirmou que as varreduras com máquinas indicaram possíveis sobreviventes nos escombros, e cães farejadores estão sendo usados para localizá-los.
Índia, China, Tailândia, Malásia, Cingapura e Rússia enviaram ajuda e equipes a Mianmar. Os Estados Unidos prometeram US$ 2 milhões em ajuda por meio de organizações humanitárias e enviarão uma equipe de resposta de emergência da USAID.