Número de mortos em incêndio de Londres sobe para 30

A rainha Elizabeth II e o príncipe William visitaram o local.

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A Polícia Metropolitana de Londres informou nesta sexta-feira que o número de mortos no trágico incêndio em um prédio residencial de 24 andares na zona oeste de Londres subiu para 30. As autoridades disseram que podem nunca conseguir identificar todas as vítimas. Os serviços de emergência estão no terceiro dia de buscas entre os escombros da calcinada Grenfell Tower, na área norte do distrito de Chelsea e Kensington. A rainha Elizabeth II e o príncipe William visitaram nesta sexta-feira o local do incêndio e os centros voluntários de apoio montados para as vítimas. A primeira-ministra britânica Theresa May visitou feridos hospitalizados.

A polícia disse que o fogo no local já foi totalmente extinto, e os chefes de bombeiros afirmam que não têm expectativa de encontrar mais sobreviventes. O comandante da Polícia Metropolitana de Londres, Stuart Cundy, disse que há "um risco de que, infelizmente, não consigamos identificar todos". Ele disse que um dos mortos chegou a ser levado para o hospital.

— Só falaremos o que soubermos que é verdade. Sei que a esta altura há pelo menos 30 pessoas que morreram no incêndio. A natureza intensa do fogo que ocorreu... Realmente acredito que esse número vai aumentar — disse Cundy sobre a identificação dos corpos. — O prédio em si está em estado muito arriscado, vai levar um período de tempo para nossos especialistas, tanto da polícia como da brigada de bombeiros, realizarem buscas integralmente no prédio de modo que possamos ter certeza que localizamos e recuperamos todos que tristemente pereceram no fogo.

Segundo as autoridades, ao menos 70 pessoas continuam desaparecidas, informou a agência AP. Seis entre os 30 mortos já foram identificados, mas apenas Mohammed Alhajali, refugiado sírio de 23 anos, teve o nome divulgado. O Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido informou que, entre os 74 feridos enviados a seis hospitais, 24 ainda recebem tratamento, sendo que 12 continuam em estado crítico.

A Scotland Yard anunciou que abriu uma investigação criminal sobre o episódio. Diante de pressões por explicações das autoridades, a primeira-ministra britânica Theresa May anunciou ontem que vai ordenar uma investigação pública completa. Ela prometeu reabrigar todos os que perderam tudo no incêndio.

O incêndio, que autoridades imaginam ter começado no quarto andar, rapidamente se espalhou, chegando aos pisos superiores. Muitos acordaram com o cheiro de plástico e com os gritos de socorro, não por alarmes de incêndio. Segundo a mídia, a torre não estava equipada com um sistema interligado de alarmes.

Cerca de 800 pessoas, a maioria imigrantes muito humildes, vivia na Grenfell Tower, construída em 1974 em meio a um bairro do rico distrito de Kensington e Chelsea, a pouca distância do bairro boêmio e animado de Notting Hill.

Ainda não se sabe a causa do incêndio. Sabe-se, no entanto, que o edifício passou por uma recente reforma que incluiu a instalação de um novos revestimento externo e sistema de aquecimento central. O custo da obra, concluída em maio de 2016, foi de 9,7 milhões de libras.

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