Aumentou para 46, sendo 27 adultos e 19 crianças, o número de mortos por um deslizamento de terra na província de Yunan, sudoeste da China, depois que duas pessoas que estavam desaparecidas foram encontradas mortas, informou neste sábado (12) a agência oficial "Xinhua".
A fonte, que cita as autoridades locais, acrescentou que o deslizamento, ocorrido por causas ainda não esclarecidas, derrubou na manhã de ontem as casas de 16 famílias na aldeia de Gaopo, na comarca de Zhenxiong.
O porta-voz do Governo de Zhenxiong, Wu Liang, disse que esse tipo de desastre natural ocorre ocasionalmente na região, propensa a terremotos e fortes chuvas. Por outro lado, os moradores da área assinalaram que a exploração desenfreada do carvão pode ter originado o deslizamento, já que esse tipo de indústria produz erosão no solo e desestabiliza as encostas.
A denúncia recebeu uma rápida resposta de um oficial do Governo da comarca, Xiong Changkai, que assegurou que o desmoronamento não tem qualquer relação com a exploração carvoeira:
? Temos um sistema de prevenção de deslizamentos, mas desta vez foi um acidente.
Localizada na fronteira entre as províncias de Yunan e Guizhou, a comarca de Zhenxiong é uma das mais ricas em minerais na China. Participam dos trabalhos de resgate 1 mil pessoas, enquanto as autoridades locais enviaram material de auxílio para a região afetada, como cobertores e barracas.
Na aldeia de Gaopo, a 550 quilômetros de Kunming, capital da província, viviam 221 pessoas. O condado de Zheng Xiong é vizinho ao de Yiliang, onde em outubro morreram 19 pessoas, entre elas 18 alunos de uma escola primária, em uma tragédia semelhante.