Pelo menos 17 pessoas morreram e 5 estão desaparecidas vítimas de dois fortes terremotos, de magnitudes 5,8 e 5,6, terem atingido nesta terça-feira (29) a região da Emilia Romagna, no norte da Itália, em um intervalo de menos de quatro horas, segundo a Defesa Civil. Balanço anterior falava em 15 mortos.
Além dos mortos, há pelo menos 200 feridos, e várias cidades registraram danos significativos à infraestrutura.
Segundo autoridades regionais, 5 mil pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas, 4.500 delas apenas na região de Modena, próximo ao epicentro.
Várias pessoas já estavam vivendo em acampamentos na região, atingida por outro forte tremor em 20 de maio, que deixou sete mortos.
A televisão italiana mostrou prédios tremendo e desabando, ambulâncias correndo pelas cidades e equipes de resgate tentando remover os escombros e resgatar pessoas soterradas.
Vítimas
Três pessoas morreram em San Felice de Panaro no desabamento de uma fábrica. Duas pessoas morreram na cidade de Mirandola, uma em Concordia e outra em Finale, anunciou o capitão Salvatore Iannizzotto, da polícia de Modena.
De acordo com informações ainda não confirmadas, dois padres faleceram nos desabamentos de igrejas: o pároco da cidade de Rovereto di Novi e o sacerdote da catedral de Carpi, entre as cidades mais prósperas e históricas da região.
"Vamos superar este momento", anunciou emocionado o presidente da República, Giorgio Napolitano.
O premiê italiano, Mario Monti, interrompeu uma reunião para tranquilizar o país e garantir que "o Estado está preparado e fará o possível" ante a inédita emergência.
O número de vítimas é provisório e as autoridades locais tentam coordenar os trabalhos.
"É um desastre, um desastre", comentou atônito o prefeito de San Felice.
Ele, porém, não estimou um número.
?Há vítimas. A situação é muito grave. Algumas pessoas estão presas sob escombros?, afirmou Silvestri.
O primeiro tremor ocorreu às 9h locais (4h de Brasília) e foi sentido em Parma, Bolonha e Milão.
O abalo ocorreu a 40 quilômetros ao norte de Bolonha e a 60 quilômetros a leste de Parma, a uma profundidade de 9,6 quilômetros, considerada rasa, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que monitora tremores de terra pelo mundo.
O segundo ocorreu às 12h55 locais (7h55 de Brasília), praticamente na mesma região, e foi sentido em cidades como Modena, Milão e Brescia.
Houve vários tremores secundários menores entre o primeiro e o segundo grandes abalos.
Há pouco mais de uma semana, um outro forte terremoto atingiu a região, deixando sete mortos e um rastro de destruição.
O epicentro foi localizado em Modena, na região da Emilia Romagna.
Segundo a imprensa italiana, bombeiros e equipes de resgate buscam desaparecidos.