Um novo incêndio atingiu na manhã desta quarta-feira (16), pelo horário local, o reator 4 da usina de Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão.
O fogo começou às 5h45 locais (17h45 de terça-feira no Brasil), segundo um porta-voz da Tokyo Electric Power Co (TEPCO), empresa que administra a usina.
Fumaça foi avistada saindo da edificação por um dos funcionários que trabalham para evitar um desastre maior na usina.
Bombeiros estão tentando controlar as chamas.
Na véspera, uma explosão de hidrogênio provocou um incêndio no mesmo reator, danificando o teto do prédio que o abriga.
O Exército dos EUA, que colabora com as autoridades japonesas, controlou as chamas.
A instalação nuclear, na província japonesa de Fukushima, foi bastante afetada pelo terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que devastou regiões costeiras japonesas no dia 11.
O tremor e o maremoto danificaram as funções de refrigeração da usina, forçando a TEPCO a usar água do mar para baixar a temperatura dos reatores e liberar o ar radioativo para a atmosfera a fim de reduzir a pressão causada pelo calor.
mapa terremoto cidades afetadas (Foto: Arte G1)mapa terremoto cidades afetadas (Foto: Arte G1)
O reator 4 estava em manutenção no momento do terremoto. Os reatores 1, 2 e 3 também foram afetados. No total, a usina tem seis reatores.
Os responsáveis tentam impedir um acidente mais grave, com vazamento radioativo.
A usina fica a 240 km da capital do Japão, Tóquio, onde há temor de contaminação radioativa.
A previsão da meteorologia era de que, nesta quarta, os ventos soprassem para o mar, o que pouparia a capital de uma contaminação pior.
Em meio à tensão causada pela crise nuclear, o país continua os trabalhos de resgate nas regiões costeiras devastadas.
O número de mortos oficial passa de 3.300, mas as autoridades estimam que ele possa passar de 10 mil.
O país também enfrenta cortes programados de energia, por conta do desligamento de usinas nucleares.
O objetivo, segundo o governo, é impedir blecautes maiores.
Também há problemas de desabastecimento de provisões, combustível e nos transportes públicos.