No 1° turno, Rafael Correa é reeleito presidente do Equador

Pouco após o fim da votação, Correa já discursou para milhares de simpatizantes da sacada do palácio presidencial.

Rafael e a família celebram vitória | Reprodução
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Rafael Correa foi reeleito presidente do Equador nas eleições deste domingo (17), segundo pesquisas de boca de urna.

De acordo com a pesquisa, Correa teve 61% dos votos, contra 21% do mais próximo dos sete adversários no pleito, o ex-banqueiro Guillermo Lasso, segundo o instituto Opinión Pública, cuja pesquisa foi divulgada pela TV estatal Ecuadorean.

Outra pesquisa, da Cedatos-Gallup, indica que o atual presidente recebeu 61,5% dos votos, enquanto Lasso teria ficado com 20,9%. Uma terceira, do Centro de Pesquisas e Estudos Especializados (Ciees) aponta uma vitória de Correa com 58,8%, contra 23,1% para o direitista Lasso.

Todas as pesquisas dão a reeleição a Correa. Para evitar o segundo turno no Equador, o candidato precisa de pelo menos 50% dos votos válidos (sem incluir brancos ou nulos) ou 40% deles e uma diferença de ao menos 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.

Pouco após o fim da votação, Correa já discursou para milhares de simpatizantes da sacada do palácio presidencial de Carondolet, no centro colonial de Quito. "Só estamos aqui para servir a vocês. Nada para nós, tudo para vocês, povo que se fez digno de ser livre", disse o presidente socialista.

Erguendo os braços para comemorar a vitória, Correa apareceu diante dos partidários que lotaram a Praça da Independência, acompanhado do candidato a vice, Jorge Glass.

"Que viva a pátria! Esta pátria nova, justa, de todas e de todos. Muito obrigado por este apoio. Jamais iremos enganá-los, companheiros", afirmou o governante.

Correa, economista de 49 anos com uma popularidade de cerca de 80%, prometeu radicalizar suas políticas socialistas, embora seu governo tenha sido marcado por uma tendência ao centro. Ele havia sido eleito pela primeira vez em 2007, e reeleito em 2009, em eleições antecipadas, após a promulgação de uma nova Constituição impulsionada por ele.

O candidato se favorece pelo bom desempenho da economia nos últimos anos, que fez surgir uma "nova classe C" no país. Também contribui para o seu favoritismo a divisão dos opositores.

Os equatorianos também foram às urnas para eleger seus representantes no Congresso. Segundo o diretor da CMS, Santiago Cuesta, Correa deve obter com seu movimento Alianza País (AP) uma maioria absoluta com entre 60% e 65% dos 137 assentos. Atualmente, o AP tem o principal bloco, mas não chega a ser maioria, razão pela qual Correa colocou como objetivo-chave no pleito consolidar sua força no Legislativo.

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