Monja tibetana morre ao atear fogo ao próprio corpo na China

Região chinesa tem sido centro de rebeldia contra controle sobre o Tibete.

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Uma monja tibetana morreu após atear fogo ao próprio corpo nesta quinta-feira (3) no sudoeste da China, informou a agência de notícias estatal Xinhua, no 11º incidente de autoimolação realizado por um tibetano neste ano, numa região que tem se tornado o centro de rebeldia contra o rígido controle chinês.

Qiu Xiang, de 35 anos, incendiou o próprio corpo em um cruzamento no município de Ganzi, em Dawu, conhecido como Kandze pelos tibetanos e localizado na província de Sichuan, disse a agência estatal de notícias, citando o governo local.

A monja era do vilarejo próximo de Tongfoshan, disse a Xinhua. Segundo as informações, não estava claro porque ela havia se matado e o governo local abriu uma investigação. Na semana passada, um monge budista tibetano despejou combustível e ateou fogo ao próprio corpo em Ganzi, na mesma província de Sichuan.

A maioria das pessoas em Ganzi e na vizinha Aba, local de oito casos de autoimolação, são pastores e fazendeiros de etnia tibetana, e muitos se consideram membros da região mais ampla do Tibete que inclui a Região Autônoma do Tibete e outras áreas nos planaltos do oeste da China.

A China governa o Tibete com mão de ferro desde que as tropas comunistas invadiram a região em 1950. O líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, foi para o exílio nove anos depois, após uma revolta fracassada contra o domínio chinês.

O Dalai Lama, que a China condena como sendo um simpatizante do separatismo por meio da violência, liderou no final de outubro centenas de monges, monjas e tibetanos laicos em oração na sua terra de exílio, a Índia, em luto por aqueles que se queimaram até a morte.

O Dalai Lama nega que esteja defendendo a violência e insiste que quer apenas a verdadeira autonomia para sua terra natal. Mas o Ministério de Relações Exteriores chinês disse que o Dalai Lama deveria assumir a culpa pelas autoimolações, e reiterou o discurso de Pequim, alegando que os tibetanos são livres para praticar sua crença budista.

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