Um grupo de misses da Venezuela lançou um movimento para pedir a paz no país e condenar a ?violência desmedida? que vem atingindo as cidades nas últimas semanas, segundo o jornal ?El Nacional?. A oposição, apoiada por estudantes, faz protestos contra o governo do presidente Nicolas Maduro. Seis pessoas já morreram em confrontos ? entre elas a Miss Turismo Carabobo 2013, Génesis Carmona.
O grupo, intitulado #Misses4Peace (Misses pela paz ) publicou um vídeo no YouTube e convocou mais pessoas a se juntarem à iniciativa nas redes sociais.
Entre as envolvidas estão Bárbara Palacios, Miss Venezuela, Miss América do Sul e Miss Universo 1986; Daniela Di Giácomo, Miss Internacional 2005; Daniela Kosán, Miss Internacional 1998; Alyz Henrich, Miss Terra 2013; Vivian Urdaneta, Miss Internacional 2000, Jictzad Viña, Miss Venezuela 2005; Verushka Ramirez, Miss Venezuela 1997; Ana Karina Añez, Miss Venezuela 2003; Ly Jonaitis, Miss Venezuela 2006.
As mulheres aparecem no vídeo segurando cartazes com mensagens relacionadas à paz, tolerância, respeito aos direitos humanos e conta a violência.
?Não se trata de uma iniciativa polícia, mas exigimos a paz em nossa amada Venezuela, que recentemente teve a morte de duas de nossas rainhas: Mónica Spear, Miss Venezuela 2005, e Génesis Carmona, Miss Turismo Carabobo 2013, assim como milhares de jovens que saíram às ruas nos últimos 15 anos para nunca mais retornarem a suas casas, vítimas da insegurança dos ataques ao protestar pacificamente?, disse o grupo em um comunicado.
Elas lamentaram que a Venezuela, conhecida como o país das misses, com a maior quantidade de títulos de beleza internacionais, ?agora encabeça a lista de países mais violentos do mundo.?
As mulheres fizeram um chamado para que a sociedade civil se uma ao grupo. ?Queremos viver em paz. Por favor, una-se ao nosso chamado tirando uma foto sua e postando nas redes sociais.?
Violência
A Venezuela vive um clima de tensão após vários dias de protestos, depois que distúrbios causaram três mortes e deixaram dezenas de feridos em uma manifestação estudantil na quarta-feira passada (12). Nesta semana, outras três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
O dirigente de oposição Leopoldo López, que tinha uma ordem de detenção contra si por causa desses incidentes, se entregou à Guarda Nacional (Polícia Militar) após liderar uma grande manifestação de oposição ao governo de Nicolás Maduro no leste da cidade.
O governo do presidente Maduro responsabiliza López pelos incidentes e culpou os Estados Unidos pela violência em Caracas e em outras cidades nos últimos dias.