As autoridades do Chile anteciparam a previsão para o resgate dos 33 trabalhadores soterrados há 58 dias na Mina de San José, no Deserto de Atacama. Os mineiros deverão ser resgatados na segunda quinzena de outubro e não mais na primeira semana de novembro.
Para evitar contratempos, os especialistas fazem testes diários com as cápsulas que serão usadas no transporte dos trabalhadores do abrigo até a superfície.
"É possível estimar que o eventual resgate ocorra na primeira semana de outubro. Há elementos positivos que indicam que os avanços são maiores do que a previsão inicial", disse o ministro da Mineração, Alejandro Bohn. As informações são da rede estatal de televisao, a NTV.
Desde 5 de agosto, os mineiros estão soterrados, quando ruiu o principal acesso ao túnel da mina. Abrigados a 700 metros de profundidade, os trabalhadores conseguiram dar sinais de vida apenas duas semanas depois do acidente. Eles são monitorados dia e noite por especialistas das áreas de saúde, mineração e telecomunicações, além de segurança.
Funcionários da Agência Espacial dos Estados Unidos (cujo sigla em inglês é Nasa) foram chamados para colaborar com a assistência aos mineiros. Para enfrentar o longo período de soterramento e preparar os homens para a operação de resgate - na qual eles precisarão caber em uma cápsula estreita que vai passar por um túnel que está sendo perfurado - há instruções precisas e diárias, como exercícios físicos e respiratórios.
Os testes com as cápsulas de resgate passarão a ser feitos diariamente, segundo o Ministério da Mineração. Nos treinamentos, os especialistas farão o papel de mineiros soterrados e outros de resgatistas. Paralelamente três perfuradoras continuam os trabalhos.
O médico que supervisiona o tratamento dos mineiros, Jorge Díaz, disse que será feita uma avaliação para saber qual dos trabalhadores sairá primeiro da mina. Segundo ele, um trabalhador com problemas de saúde não será o primeiro a sair, já que é preciso que alguém com saúde perfeita suba antes que todos os outros na cápsula para testar o mecanismo.
Os trabalhadores já começaram a enviar os objetos pessoais que acumularam ao longo de quase dois meses presos na mina.