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Militares dos EUA apresentam a Trump novas opções de ataque à Venezuela, diz TV americana

Segundo a CBS News, alternativas militares foram discutidas em reunião na Casa Branca na quarta-feira (12).

Donald Trump, à esquerda, e Nicolás Maduro, à direita | Foto: Jim Watson/AFP
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Militares dos Estados Unidos apresentaram ao presidente Donald Trump, na quarta-feira (12), na Casa Branca, novas opções de ataques à Venezuela, segundo reportagem divulgada pela CBS News nesta quinta-feira (13). As propostas incluíram possibilidades de operações militares, entre elas ações terrestres, conforme fontes ouvidas pela emissora.

A reunião contou com a participação do secretário da Guerra, Pete Hegseth, do chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, e de outros altos funcionários do governo. De acordo com integrantes da Casa Branca, Trump ainda não tomou uma decisão.

Segundo o The New York Times, o presidente já havia recebido, nos últimos dias, outras sugestões de ação militar. Entre elas estavam ataques direcionados a autoridades venezuelanas e medidas para assumir o controle da produção de petróleo do país. A CBS informou que as opções apresentadas na reunião mais recente foram “atualizadas”.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro | Foto: Juan Barreto/AFP 

MOVIMENTAÇÃO MILITAR NO CARIBE

O encontro ocorreu um dia após a Marinha dos EUA anunciar a chegada do USS Gerald R. Ford — considerado o maior porta-aviões do mundo — à área de operações da América Latina. Segundo os militares, a embarcação dará apoio a ações voltadas ao “desmantelamento de organizações criminosas transnacionais”.

O grupo de ataque do USS Gerald Ford se soma às operações já instaladas no mar do Caribe, que incluem navios de guerra, jatos de combate, helicópteros de operações especiais e aviões bombardeiros.

Nos últimos dois meses, as Forças Armadas americanas realizaram ataques contra mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico, resultando em mais de 70 mortes. Segundo o comando militar, os barcos pertenciam a organizações classificadas como narcoterroristas.

CONTEXTO DO CONFLITO

As operações tiveram início em setembro, poucos dias depois de os EUA dobrarem para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levassem à prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O governo americano acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles, considerado pelos EUA uma organização terrorista internacional.

Nesse cenário, autoridades americanas afirmam que o presidente venezuelano pode ser tratado como “alvo legítimo” em ações destinadas ao combate a cartéis.

A revista The Atlantic informou que Maduro estaria disposto a negociar sua saída do poder, desde que recebesse anistia e garantias de segurança para viver no exílio.

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