O governo mexicano anunciou nesta segunda-feira (6) que chegou às identidades de sete autores da chacina de 72 imigrantes ilegais. Os corpos foram localizados no último dia 24 de agosto.
A informação foi transmitida pelo porta-voz da área de Segurança do governo, Alejandro Poiré.
Em uma coletiva de imprensa, Poiré declarou que foram encontrados os cadáveres de três homens identificados por um dos sobreviventes da chacina como membros do grupo de assassinos junto a duas mulheres. Os corpos teriam sido localizados há oito dias, mas o governo só divulgou agora a descoberta.
Militares encontraram em 30 de agosto "os corpos sem vida de três homens e duas mulheres" em uma estrada de Tamaulipas (sudeste do país), estado onde o massacre foi cometido, depois de "um telefonema que os apontou como supostos responsáveis pelo homicídio dos imigrantes", disse Poré.
O funcionário informou que, das cinco vítimas, "os três homens foram identificados por um sobrevivente hondurenho como participantes" dos assassinatos dos 72 imigrantes, entre os quais um brasileiro, o mineiro Juliard Aires Fernandes, de 20 anos. Havia a possibilidade de que um segundo brasileiro também tivesse morrido na chacina, o que ainda não foi confirmado pelo Itamaraty.
As autoridades já tinham identificado outros quatro suspeitos do massacre durante a operação no rancho onde os cadáveres foram encontrados: três deles foram mortos por militares e um jovem mexicano foi preso.
As investigações continuam apontando o cartel de traficantes Los Zetas como responsável pelo massacre, disse o porta-voz da procuradoria federal, Ricardo Nájera, durante declarações feitas na residência oficial de Los Pinos.
Um equatoriano, que já está em seu país, e um hondurenho, que continua colaborando com a investigação no México, foram os únicos sobreviventes do massacre.
O Brasil se dispôs a enviar integrantes da Polícia Federal para ajudar na identificação dos corpos da vítima da chacina.